UE já vinha reduzindo compras de soja do Brasil nos últimos anos e aproximação com EUA não deve impactar

Publicado em 27/07/2018 13:02
Mesmo que China feche acordo para retomada das compras de soja americana, Brasil segue tendo papel importante no fornecimento de grãos para os asiáticos
Camila Sande - Assessora de Negociações Internacionais da CNA

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Entrevista com Camila Sande - Assessora de Negociações Internacionais da CNA sobre o Mercado exportador de soja

 

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Camila Sande, assessora de negociações internacionais da CNA, conversou com o Notícias Agrícolas nesta sexta-feira (27) para destacar a aproximação dos Estados Unidos com a União Europeia, já que há possibilidade de o bloco aumentar a compra de soja norte-americana.

Para Sande, são "tempos de incerteza no mercado internacional". Ela lembra que Donald Trump coloca muitas coisas em seu discurso e nem sempre coloca em prática. O Brasil, atualmente, é o primeiro maior exportador de soja para a União Europeia, enquanto os Estados Unidos são o terceiro.

No entanto, 80% da soja brasileira já é enviada para a China. Os europeus sempre foram compradores, mas essa compra já vem diminuindo nos últimos anos, de forma que a queda foi redirecionada para os asiáticos.

Na visão da assessora, é muito difícil que o Brasil, entretanto, deixe de oferecer soja para a União Europeia. O país é um player consolidado e deve se adequar às novas configurações comerciais.

Ela salienta, ainda, que se o Brasil conseguir negociar a redução de tarifas de produtos de valor agregado com a China, tornando o produto brasileiro mais competitivo lá dentro, há, ainda, um novo espaço.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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