Margens de esmagamento na China são positivas mesmo com soja brasileira mais cara que o grão americano e argentino

Publicado em 02/10/2018 17:53
Com margem positiva de 22 dólares no esmagamento, China deve seguir demandando soja brasileira, mesmo sendo mais cara que os produtos americano e argentino
Marcos Araújo - Analista da Agrinvest

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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta terça-feira (02), os preços da soja apresentaram o melhor registro das últimas cinco semanas na Bolsa de Chicago (CBOT). O contrato maio/19 se apresentou acima dos US$9/bushel.

Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest, avalia que há vários fatores que contribuiram para essa alta. Um deles é o clima mais chuvoso para a próxima semana, o que deixa o mercado apreensivo a respeito da qualidade da soja norte-americana.

Até o momento, os Estados Unidos colheu 23% da soja e 26% do milho. O mercado também se preocupa se esse ritmo deve continuar nos próximos dias.

A sanção norte-americana sobre o Irã também contribui para a questão dos biocombustíveis. Além disso, o programa de etanol dos Estados Unidos deve aumentar a mistura de biocombustível para 15%, o que favorece o milho e substitui as possibilidades de uma área maior de soja na próxima safra.

A China, por sua vez, concentra as compras no Brasil, mesmo que a soja norte-americana chegue a US$360 a tonelada e, a brasileira, US$100 mais cara. O país asiático ainda precisa preencher 20% da sua demanda para novembro e 50% da sua demanda para dezembro.

Confira a análise completa no vídeo acima

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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