Soja: Retorno das chuvas ameniza preocupações com as condições das lavouras em Maringá (PR)

Publicado em 14/11/2018 09:54
Plantações receberam alto volume de chuvas nos últimos 15 dias de outubro e depois enfrentaram 10 dias de estiagem. Produtores estão atentos aos focos de ferrugem asiática no estado. Mercado futuro permanece travado na região e poucas vendas foram feitas antecipadamente, com valores entre R$ 78,00 a R$ 80,00 a saca.
José Antônio Borghi - Presidente do Sindicato Rural de Maringá/PR

Podcast

Entrevista com José Antônio Borghi sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

 

Download

 

O estado do Paraná tem ainda 88% da sua soja plantada de acordo com dados divulgados na última segunda-feira, 12, pelo Departamento de Economia Rural (DERAL). A cidade de Maringá está na frente na média do estado e já possui praticamente toda sua soja plantada, assim, “A preocupação do produtor está voltada para o clima”, de acordo com José Antônio Borghi, Presidente do Sindicato Rural de Maringá.

Durante a segunda quinzena de outubro a cidade recebeu grandes volumes de chuvas, período seguido de uma estiagem de aproximadamente dez dias no início de novembro. A falta de precipitações, no entanto, foi benéfica para as lavouras pois livrou o solo de pequenos alagamentos e ajudou em alguns problemas pontuais de replantio em função de doenças de solo em algumas lavouras.

A previsão de chuva para amanhã, quinta-feira, 15, é vista com olhar otimista por Borghi, que acredita que o plantio ocorreu na melhor janela. “As lavouras voltarão a se desenvolver em plena capacidade, o final de outubro e início de novembro é uma época muito boa para o plantio da oleaginosa”, diz.

De olho na doença fúngica, o Consórcio Antiferrugem divulgou que há treze casos de ferrugem asiática no Paraná, no entanto, nenhum caso em Maringá, mas em cidades próximas como Londrina e Campo Mourão. De acordo com Borghi, o produtor está atento e seguindo as orientações técnicas para que suas lavouras permaneçam protegidas.

Em relação aos insumos, a cidade sulista, ao contrário da maioria das regiões do Brasil, não sofreu com atrasos na entrega dos insumos devido a sua logística favorável.

Porém, a comercialização caminha a passos lentos, “O produtor comercializou pouco, praticamente toda safra passada mas a futura está com pouquíssima demanda”, afirma o presidente do sindicato, que atribui a falta de mercado a nova logística de frete. As melhores ofertas futuras estão sendo trabalhadas entre R$ 78,00 e R$ 80,00, que já garantem uma boa rentabilidade ao produtor.

A orientação do Sindicato da cidade é que atenção com a lavoura para a garantia de uma grande uma produtividade deve ser permanente. “Produzir o máximo possível, com o menor custo, Porém, não deixar de aproveitar as oportunidades em janelas que possam aparecer e fixar parte da produção para garantir uma boa margem e se livrar de um risco maior no futuro”, alerta liderança da instituição.

 

Por: Fernanda Custódio e Rodrigo Ferreira
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja sobe forte em Chicago com dólar em queda, rumores de volta da greve na Argentina e dúvidas sobre o clima nos EUA
Preços da soja disparam mais de 2% em Chicago e fecham o dia acompanhando novas altas do farelo
Soja: Mercado sobe em Chicago nesta 5ª feira na esteira do milho e do trigo e da desvalorização do dólar
Preços da soja retomam fôlego e fecham 4ª em alta na Bolsa de Chicago, acompanhando o óleo
Preços da soja voltam a subir em Chicago nesta 4ª feira, acompanhando retomada do óleo