Após novembro mais chuvoso dos últimos 10 anos, Tocantins se preocupa com manutenção da soja

Publicado em 07/12/2018 10:12
Plantio começou 30 dias antes do previsto, mas ainda não se encerrou. Produtores tem dificuldade para aplicar defensivos na lavoura.
Ademir Rossato - Produtor Rural de Porto Nacional/TO

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Entrevista com Ademir Rossato - Produtor Rural de Porto Nacional/TO sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

 

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A região central do Tocantins teve o novembro mais chuvoso dos últimos 10 anos com mais de 400 milímetros de acumulado. Essa situação climática ajudou o início dos cultivos de soja na região de Porto Nacional, que começou os trabalhos com um mês de antecedência, porém, já começam a preocupar os agricultores que temem a chegada de doenças e as dificuldades para aplicação de fungicidas na lavoura.

“O nosso plantio foi adiantado em 25/30 dias e começou perto de 15 de outubro. Atualmente a maioria dos agricultores já acabou o plantio e restam só poucas áreas que atrasaram devido ao nosso novembro que foi muito chuvoso. O agricultor precisa ficar muito atento devido a quantidade de chuva aqui em nossa região e não pode bobear. As doenças estão aí e as aplicações com esse tempo chuvoso atrasam muito. É perigoso que a doença se aproveite disso para entrar na lavoura, então estamos seguindo o cronograma e buscando fazer as aplicações conforme o programado”, diz o produtor rural Ademir Rossato.

Mesmo com as dificuldades, os agricultores ampliaram a área de cultivo expandindo sobre antigas pastagens e esperam aumento na produtividade para a safra 2018/19 que deve iniciar sua colheita entre os meses de janeiro e fevereiro. “Estamos em um local de expansão agrícola e os produtores sempre tem um espacinho novo para abrir terras. O produtor sempre quer aumentar a produtividade, mesmo que no ano passado tenha sido tudo bem. A produtividade média na última safra foi maior do que as 50 sacas por hectare e se mantivermos essa média o produtor consegue fechar a conta para cobrir o aumento dos custos de produção para esse ano”, afirma Rossato.

Com a maioria dos produtores da região já tendo negociado suas safras travando os custos, o restante aguarda as movimentações do mercado na esperança que os preços subam além dos atuais R$ 72,00 por saca.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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