Especulação de que a China anunciaria compra de 5 mi/t de soja dos EUA motivou alta em Chicago. Notícia ainda não foi confirmada

Publicado em 07/12/2018 17:00
Comercialização da soja no Brasil segue atrasada com 34% a 35% da nova safra comercializada até o momento
Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta sexta-feira (07), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) teve uma sessão positiva, entretanto, com ganhos pouco expressivos. Havia um receio no mercado de que a prisão da empresária chinesa no Canadá pudesse influenciar nas negociações, mas este fator não se viu refletido.

Ginaldo de Sousa, diretor do Grupo Labhoro, aponta que o mercado aguarda, na verdade, por informações mais concretas da trégua entre China e Estados Unidos. Hoje apareceu um rumor de que a China estaria comprando 5 milhões de toneladas dos Estados Unidos, o que ainda não foi confirmado, mas deu suporte aos preços e fez com que o mercado fechasse com essa alta.

Caso essa compra seja confirmada, outras empresas devem aparecer comprando na retaguarda, o que pode, então, trazer novos rumos para o mercado. Os chineses precisam dos norte-americanos e os norte-americanos precisam dos chineses e este fator deve ser levado em consideração.

Sousa não acredita em uma produção recorde de 130 milhões de toneladas para o Brasil e estima um volume de 125 milhões de toneladas, das quais 80 milhões de toneladas iriam para a China. Ele também acredita ser muito otimista a visão da Bolsa de Comércio de Rosario de que a Argentina poderia exportar 14 milhões de toneladas de grãos para o país asiático.

O diretor ainda destaca que o novo governo do Brasil pode enfrentar problemas de transição com a questão do diesel e dos fretes, o que afetará a comercialização.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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