Apesar dos boatos de que a China comprou 2 mi/t de soja dos EUA, petróleo em queda e oferta elevada do grão limitaram Chicago

Publicado em 18/12/2018 17:11
No Brasil, analista recomenda venda do grão com rentabilidade positiva nesse momento, apesar de resultados apertados
Marcos Araújo - Analista da Agrinvest

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Entrevista com Marcos Araújo - Analista da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta terça-feira (18), o mercado da soja teve um encerramento positivo na Bolsa de Chicago (CBOT), embora tímido: foram US$0,05/bushel de alta.

Marcos Araújo, analista da Agrinvest, ressalta que o mercado trabalha com um rumor de que a Sinograin teria comprado 2 milhões de toneladas de soja. Contudo, a influência da queda de 7% no petróleo limitou uma alta mais expressiva do óleo de soja.

O petróleo, como explica o analista, vem caindo devido ao aumento da produção norte-americana e a expectativa de um menor crescimento da economia mundial.

Por sua vez, o arrefecimento da demanda da China fez com que a exportação norte-americana tivesse um atraso. O ritmo está 1/3 atrasado em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o impasse da guerra comercial - situação que, no futuro, pode atrapalhar também a comercialização da safra brasileira.

A soja brasileira é mais barata para a China do que a soja norte-americana. Contudo, se as tarifas impostas forem retiradas, o Brasil perderia concorrência e os prêmios seriam pressionados negativamente.

Entretanto, os chineses ainda não possuem um substituto a altura para o farelo de soja na alimentação mundial, mas, a medida em que a produção mundial de etanol a partir do milho ganhe mais corpo, o DDGS, subproduto que pode alcançar até 45% de proteína bruta, pode ser um substituto direto.

Confira a entrevista completa no vídeo acima

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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