Mercado da soja perde força depois de saber que novas compras de 5 mi/t anunciadas pela China serão diluídas nos próximos meses

Publicado em 01/02/2019 16:43
No Brasil prêmios se recuperam com retração vendedora e estimativas de que safra pode ser menor que 115 mi/t
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest

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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) começou o pregão com uma movimentação bastante positiva influenciada pela volta da China comprando a oleaginosa dos Estados Unidos. Contudo, a partir do momento em que o mercado começou a entender a forma com a qual essas compras aconteceriam, os ganhos foram diminuindo, embora o encerramento ainda se caminhe para o campo positivo.

Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, destaca que a China confirmou 1 milhão de toneladas de compras de soja, mas esses embarques serão distribuídos entre abril a julho. Ou seja: há uma postura de diluir esse volume para vários meses.

Isso justifica, portanto, a retração dos preços, embora o produtor norte-americano tenha aproveitado o dia para fazer um pouco mais de vendas durante o rally, já que os estoques estão praticamente parados.

Por sua vez, a China já está recebendo, naturalmente, menos soja. Em 2018, foram 88 milhões de toneladas, 7,5% a menos do que em 2017. Isso ocasionou a falta de óleos vegetais em seu mercado e o crescimento do óleo de palma na Malásia.

No Brasil, os produtores não estão aceitando o nível atual de preços, mas Vanin visualiza que, pouco a pouco, os compromissos serão acertados e o mercado ficará mais firme.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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