Soja: Chicago fecha estável frente ao USDA e atento as 131 mi de t estimadas para safra 2021 do BR

Publicado em 12/05/2020 17:26 e atualizado em 12/05/2020 18:01
Produtor brasileiro terá de estar ainda mais atento à variação do dólar frente ao real e ao comportamento da economia global no pós pandemia do coronavírus. Do lado positivo, sobem as estimativas do departamento americano para as importações de soja da China.
Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios

Podcast

Entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio da Terra Agronegócios sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

Download
 

Os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foram divulgados nesta terça-feira (12) e chamaram mais atenção pelas primeiras perspectivas trazidas para a safra 2020/21 no caso da soja, segundo o consultor em agronegócios Ênio Fernandes, da Terra Agronegócios. 

A nova safra brasileira foi projetada em 131 milhões de toneladas pelo departamento americano e, como explicou Fernandes, "parece que o mercado ainda não digeriu totalmente o relatório". 

E assim, será importante que o produtor estará ainda mais atento à intensa volatilidade do dólar - que fechou em R$ 5,88 nesta terça -, aos seus custos de produção e ao commportamento da demanda. 

Por outro lado, a projeção é de que a China importe 96 milhões de toneladas nesta nova temporada, o que se mostra como um forte e positivo ponto para o mercado internacional a partir de agora. "E a Bolsa de Chicago reflete mais a realidade interna americana do que externa". 

"Eu acredito que a comercialização da próxima safra terá que ser muito profissional, porque se Chicago não subir bem e se o dólar ceder, com uma safra de 131 milhões de toneladas podemos ter prêmios mais achatados no Brasil, o que começa a complicar nossa margem para o ano que vem. Assim, quem já vendeu bastante de sua safra está em uma certa 'zona de conforto', mas tudo ainda pode mudar", explica o consultor. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja sobe forte em Chicago com dólar em queda, rumores de volta da greve na Argentina e dúvidas sobre o clima nos EUA
Preços da soja disparam mais de 2% em Chicago e fecham o dia acompanhando novas altas do farelo
Soja: Mercado sobe em Chicago nesta 5ª feira na esteira do milho e do trigo e da desvalorização do dólar
Preços da soja retomam fôlego e fecham 4ª em alta na Bolsa de Chicago, acompanhando o óleo
Preços da soja voltam a subir em Chicago nesta 4ª feira, acompanhando retomada do óleo