Mercado da soja em Chicago pode buscar patamares acima dos US$ 9,20/ bushel com continuidade das compras chinesas

Publicado em 16/07/2020 17:42 e atualizado em 16/07/2020 19:52
Soja no interior segue disputada e chega a valer entre R$ 1,00 e R$ 1,50 por saca a mais que nos portos
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Os preços da soja voltaram a fechar o pregão na Bolsa de Chicago em alta na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa encerraram o dia com ganhos de 7,25 a 8,25 pontos nos principais contratos, levando o agosto a US$ 8,93 e o novembro a US$ 8,91 por bushel. "O mercado está, de novo, buscando os US$ 9,00 por bushel", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting. 

O mercado internacional segue focado na demanda e recebeu bem as notícias de novas compras da China nos EUA nos últimos dias. Além disso, ainda como explica Brandalizze, sinais melhores da economia chinesa - e portanto de suas importações - e mundial também favorecem essa busca do mercado por uma recuperação depois de, nos últimos meses, testar patamares baixos. 

Nesta quinta(16), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou duas novas vendas de soja e reforça a necessidade da China pela oleaginosa norte-americana. Este foi o terceiro anúncio consecutivo de vendas de soja da semana e o total das vendas chega a 1,391 milhão de toneladas. 

Com a escassez de produto no Brasil, já era sabindo pelo mercado que em determinado momento a demanda da nação asiática se mostraria mais presente nos EUA.  

Foram 522 mil toneladas para a China, sendo 123 mil da safra velha e 390 mil da safra nova. Mais 351 mil toneladas de soja foram vendidas para destinos não revelados, ainda de acordo com o boletim diário do USDA, sendo 65 mil toneladas da safra 2019/20 e 286 mil da 2020/21. 

Mais do que isso, hoje os traders ainda receberam bem também os números das vendas semanais para exportação dos EUA que, da safra 2019/20, já chegam a 46 milhões de toneladas no acumulado do ano comercial. E ainda segundo o consultor, embora os embarques norte-americanos ainda estejam abaixo de 40 milhões de toneladas, as perspectivas também são positivas. 

O desenvolvimento da nova safra americana também está no radar dos traders, bem como a redução na qualidade das lavouras americanas trazida pelo USDA na última segunda-feira (13). 

MERCADO NACIONAL

No Brasil, o fluxo de novos negócios segue bastante limitado, já que as vendas das safras atual e nova estão muito adiantadas e o risco de queda nos preços, neste momento, é bastante limitado. Os atuais patamares

"O comprador interno paga melhor do que a exportação. Então, aquele que negocia nos portos é quem está mais perto dos portos, porque agora começam a aumentar as exportações de milho e isso atrapalha um pouco as negociações de soja, e como tem pouca oferta, isso não atrapalha", explica Vlamir Brandalizze. 

Dessa forma, o interior do país - que disputa forte a pouca oferta neste momento - chega a valer entre R$ 1,00 e R$ 1,50 por saca a mais que nos portos. 

Por: Aleksander Horta e Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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