Até o momento, maior impacto das chuvas na Bahia para a soja é a impossibilidade de realizar aplicações

Publicado em 27/12/2021 14:52
Federação da Agricultura do estado destaca que lavouras de soja e algodão seguem se desenvolvendo bem e ainda não apresentam grandes prejuízos em decorrência do excesso de chuvas, ao contrário de algumas áreas de hortifruti que são mais sensíveis. Grande preocupação no momento é para impactos sociais na comunidades baianas
Carminha Missio - Vice-Presidente da FAEB

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Até o momento, maior impacto das chuvas na Bahia para a soja é a impossibilidade de realizar aplicações

O excesso de chuvas na Bahia já atingiram 72 municípios e deixaram 58 em estado de emergência, mas pelo menos nas áreas de soja e algodão do estado os impactos ainda não são grandes.

Segundo a vice-presidente da FAEB (Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia), Carminha Missio, algumas cultivares mais precoces começam a apresentar abortamento de vagens, mas devido ao alto número de vagens por plantas, a situação ainda não preocupa.

O maior problema neste momento é a impossibilidade dos produtores entrarem nas lavouras para realizar suas aplicações de nutrientes, defensivos e fertilizantes. Outra preocupação, mas para o futuro, é que o sistema radicular das plantas ficou mais curto devido ao excesso de chuvas e isso pode resultar em dificuldades caso as chuvas fiquem escassas em janeiro, como o previsto.

Neste momento, as culturas mais afetadas na Bahia são as de hortifruti que são mais sensíveis às intempéries, mas a Federação ainda não teve condições de realizar um levantamento e mensurar essas perdas. A grande preocupação de todos é para os efeitos sociais do excesso de chuva nas comunidades baianas.

Missio destaca que a FAEB já doou 7 mil cestas básicas até o Natal e segue com campanhas de arrecadação de doações, com participação dos produtores do estado, para as mais de 300 mil pessoas atingidas.

Confira como participar das doações nas imagens abaixo e acompanhe a entrevista completa com a vice-presidente da FAEB no vídeo.

 

 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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