Com China-EUA e USDA no radar, soja fecha de lado em Chicago nesta 2a feira

Publicado em 09/06/2025 17:08
No Brasil, ritmo da comercialização diminui e produtores esperam por melhor definição de Chicago, sentem pressão do dólar, mas seguem atentos aos prêmios.
Marcelo Gavlik - Sócio e Assessor da Getreide Investimentos
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Com China-EUA e USDA no radar, soja fecha de lado em Chicago nesta 2a feira

 

O mercado da soja fechou o pregão desta segunda-feira (9) em campo misto na Bolsa de Chicago. Os dois primeiros contratos terminaram o dia com ganhos de 4 e 0,25 pontos, respectivamente, levando o julho a US$ 10,55, enquanto os dois seguintes ficaram no vermelho, perdendo 4,25 e 3,75 pontos, com o setembro concluindo as negociações com US$ 10,21 por bushel. 

A semana começa com o mercado especulando sobre uma série de notícias, mas ainda assim, mantendo sua cautela antes que elas se confirmem. Nesta segunda, começou a nova rodada de negociações entre China e Estados Unidos, em Londres, com a participação de representantes do alto escalão das duas nações. 

As primeiras notícias ainda não foram reportadas e as delegações deverão ficar na capital da Inglaterra até o final desta semana, discutindo, principalmente, economia e comércio. Pontos sensíveis como a questão das terras raras também deverão entrar na pauta. 

Scott Bessent, secretário do Tesouro Americano, e He Lifeng, vice premier chinês, em Londres
Foto: Reuters

"China e os Estados Unidos estão travando uma batalha existencial no momento. Não há absolutamente nenhuma outra maneira de descrever tudo isso, e isso tem a ver com o fluxo de dados. Tem a ver com informação. Tem a ver com IA. Tem a ver com tecnologia. Tem a ver também com defesa. A China está expandindo rapidamente sua produção de munições no momento. Então, tem a ver com como essas duas economias realmente competem e sobrevivem em um mundo digital onde ninguém sabe realmente qual é o poder do Estado-nação. É muito, muito mais do que apenas uma questão de comércio e do que está acontecendo nesse domínio entre os dois países. Trata-se de como eles administram suas economias. Isso está apenas começando e, efetivamente, é uma batalha para o século XXI", detalhou Rebecca Harding, diretora executiva do Centro de Segurança Econômica à CNBC.  

Outro fator de suporte para as cotações em Chicago foram os embarques semanais acima do esperado, porém, nada sem grande impacto consistente. 

As baixas de mais de 2% do milho e do trigo, por outro lado, pressionaram a oleaginosa com intensidade. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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