Soja fecha com mais de 20 pts de alta em Chicago com sinais de que acordo entre China e EUA estaria próximo com declarações de Trump

O mercado da soja teve uma segunda-feira (11) bastante positiva na Bolsa de Chicago e fechou o dia com os preços subindo mais de 20 pontos na Bolsa de Chicago, ainda refletindo a declaração do presidente americano Donald Trump, como explicou Ênio Fernandes, consultor em agronegócios da Terra Agronegócios, em entrevista ao Notícias Agrícolas. Assim, o contrato setembro terminou o dia valendo US$ 9,91 e o novembro - referência para a safra americana - com US$ 10,11 por bushel. 

Em sua rede social, a Truth Social, o presidente americano disse, na noite deste domingo (11), esperar que a nação asiática quadruplique suas compras de soja nos EUA, isso um dia antes do fim da trégua comercial entre as duas maiores economias do mundo. 

"A China está preocupada com a escassez de soja. Espero que a China quadruplique rapidamente seus pedidos de soja. Esta também é uma forma de reduzir substancialmente o déficit comercial da China com os EUA", postou o chefe de estado norte-americano. Na mesma postagem, sem explicar, Trump agradeceu ao presidente chinês Xi Jinping.

A declaração do presidente americano causou um impacto tão positivo sobre Chicago, que o mercado subiu durante todo o dia com bons ganhos, deixando de lado as expectativas para o novo relatório mensal de oferta e demanda que o USDA traz nesta terça-feira (12). 

O novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA(12) e é um boletim bastante aguardado pelo mercado. Afinal, as lavouras norte-americanas da safra 2025/26 já estão em estágios mais avançados - principalmente o milho - e os números poderiam estar um pouco mais próximos da realidade. 

Com isso, a produtividade acaba por ser um dos dados mais aguardados. Na outra ponta, olhos vivos para as exportações. Veja as expectativas completas para o boletim que será reportado às 13h (Brasília) desta terça-feira. 

E no final da tarde, com o mercado já fechado, mas com os traders ainda atentos, o presidente americano ainda assinou um decreto que suspende as tarifas para a China por mais 90 dias - já que a trégua comercial entre os dois países terminaria amanhã - o que deixou os traders ainda mais atentos.