Produtores discutirão no BR como a Índia pode aumentar etanol e experiência da UE de atacar o sedentarismo e não o açúcar

Publicado em 23/05/2019 11:41
Conferência da Associação Mundial de Produtores de Beterraba e Cana de Açúcar (WABCG), de 3/6 em Ribeirão Preto, organizada pela Orplana, conta com agenda extensa, buscando sinergias entre os produtores rurais de vários continentes. Mas o destaque acabará sendo como fazer a Índia cortar subsídios aos produtores, usando o etanol como fator de atração de mais matéria-prima.
Eduardo Romão - Presidente da WABCG e Vice-Presidente da Orplana

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Entrevista com Eduardo Romão - Presidente da WABCG e Vice-Presidente da Orplana sobre o Encontro de produtores de Cana/Beterraba

 

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Na região de Ribeiro Preto/SP, acontecerá entre os dias 3 a 6 de junho a Conferência da Associação Mundial de Produtores de Beterraba e Cana de Açúcar (WABCG) que está sendo organizada pela a Orplana. O evento conta com uma agenda extensa em que buscar agregar produtores rurais de diversos países.

De acordo com o Presidente da WABCG e Vice-Presidente da Orplana, Eduardo Romão, o primeiro encontro de produtores é uma iniciativa de debater a respeito da cadeia produtiva e sobre política agrícola. “Para nós brasileiros está sendo uma ótima oportunidade trazer toda essa cadeia produtora internacional do açúcar, produzida tanto por cana-de-açúcar como beterraba”, comenta.

A liderança aponta que as escolhas brasileiras se vão fazer uma safra mais alcooleira ou de açúcar implica no mercado do açúcar no mundo todo. “Quando nós estamos finalizando a nossa safra que é em abril e maio. Os produtores europeus de beterraba estão semeando que vai de meio de abril até as primeiras semanas de junho dependendo se está mais ao norte o sul da Europa”, destaca.

Os agricultores europeus vão se informando sobre a safra cana-de-açúcar no hemisfério sul  e se planejando como será a iniciativa da semeadura de beterraba. “Ao mesmo tempo em que eles estão terminando o plantio, nós estamos nos informando sobre a sinergia e a oportunidade que isso pode criar dentro do cenário”, pontua.

Outro ponto que o evento vai tratar é de que forma é possível agregar valor as iniciativas. “Nós vamos discutir o biogás que é uma página que a cana-de-açúcar está incorporando, na qual mostra que não é só etanol, eletricidade e o açúcar em si. Nós estamos trazendo os biodigestores que é um quarto elemento para a nossa cadeia produtiva”, afirma.

Com relação ao consumo de açúcar, Romão salienta que a margem ainda é positiva em torno de 1,5%. “É um crescimento que equivale a três milhões de toneladas de açúcar  que um consumo vegetativo crescendo ao ano, ou seja, é algo significativo. Na reunião da Organização internacional do açúcar, a Alemanha mostrou a experiência da comunicação deles informando que o açúcar não é um vilão e sim como um fornecimento de energia”, ressalta.

O evento vai contar com uma comitiva da Índia para dialogar sobre sinergia e como ajudá-los a tomar um posicionamento sobre a produção de açúcar. “Nós sabemos quais são os desafios deles e tentar conhecer esse cenário de subsídio estabelecido, para quem assim a gente possa amenizar e fazer um contraponto”, diz.

Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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