Perspectiva de aumento na produção indiana impacta mercado do açúcar e preços caem

Publicado em 04/06/2025 15:45 e atualizado em 04/06/2025 17:14
Mesmo que menor, avanço da colheita brasileira é fundamento de manutenção de pressão baixista
Marcelo Di Bonifacio Filho - Analista em Inteligência de Mercado da StoneX
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Perspectiva de aumento na produção indiana impacta mercado do açúcar e preços caem

Após uma sessão com leves altas na terça-feira (03), os preços do açúcar voltaram a recuar nesta quarta-feira (04) e fecharam com recuos     próximos de 1% nas bolsas de Nova Iorque e Londres. Mesmo com uma safra 24/25 de déficit, as cotações seguem pressionadas diante de uma demanda contida que vem utilizando os estoques e, sobretudo, de uma perspectiva positiva para a produção asiática, onde as chuvas têm sido positivas para o desenvolvimento dos canaviais entre os países principais países produtores. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Marcelo Di Bonifacio Filho, Analista em Inteligência de Mercado da StoneX, apontou que as chuvas de monções na Índia tiveram um início mais antecipado do que o normal. Na temporada passada, a precipitação no país foi bastante volumosa e prolongada, o que afetou negativamente os canaviais. Entretanto, essa condição é positiva para início da safra indiana, o que, aliado ao início mais cedo deste ano, tem provocado uma pressão sobre os preços. 

O analista também apontou que, além da Índia, outros países asiáticos também vêm apresentando precipitação positiva. Marcelo Filho citou Tailândia, Vietnã e Myanmar como exemplos de países do sudeste asiático onde tem chovido bem. Mais a leste, ele destaca o sul da China com chuvas positivas em maio, local que também é uma importante região canavieira. 

Com esses fatores, em Nova Iorque, o contrato julho/25 teve baixa de 0,15 cents (0,89%), cotado em 16,75 cents/lbp. O outubro/25 passou a valer 17,03 cents/lbp, com redução de 0,12 cents (0,70%). O março/26 caiu 0,09 cents (0,51%), negociado em 17,51 cents/lbp. O maio/26 também perdeu 0,09 cents (0,53%), com preço de 17,05 cents/lbp. 

Em Londres, o agosto/25 encerrou a sessão com preço de US$ 468,10/tonelada, redução de 560 pontos (1,18%). O outubro/25 registrou baixa de 320 pontos (0,68%), cotado em US$ 466,00/tonelada. O dezembro/25 perdeu 300 pontos (0,64%), negociado em US$ 468,00/tonelada. O março/26 caiu 290 pontos (0,61%), precificado em US$ 474,30/tonelada. 

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