Preços do açúcar fecham em alta diante de sinais de demanda
Os contratos futuros de açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (24) em firme valorização nas bolsas de Nova Iorque e Londres, impulsionados por sinais técnicos de demanda internacional, especialmente da China.
Na Bolsa de Nova Iorque, o vencimento outubro/25 avançou 0,33 cent, alta de 2,03%, encerrando o dia a 16,57 cents/lbp. O contrato março/26 subiu 0,28 cent (1,66%), para 17,15 cents/lbp. O maio/26 teve ganho de 0,27 cent (1,62%), cotado a 16,84 cents/lbp, enquanto o julho/26 fechou a 16,72 cents/lbp, com valorização de 0,26 cent (1,57%).
Em Londres, o cenário também foi positivo. O contrato outubro/25 saltou US$ 8,80 (1,87%), sendo negociado a US$ 480,20 por tonelada. O dezembro/25 teve alta de US$ 9,00 (1,94%), para US$ 471,10. O março/26 avançou US$ 8,10 (1,75%), cotado a US$ 472,40, e o maio/26 encerrou o dia em US$ 472,70 por tonelada, com ganho de US$ 6,60 (1,41%).
Segundo Marcelo Filho, analista da Stonex, nas últimas sessões, os preços do açúcar chegaram a registrar quedas acentuadas no início do dia, mas encontraram suporte em torno dos 16 cents por libra-peso. Sempre que atingiam esse patamar, o mercado passava a registrar um movimento de compras que ajudava a recuperar parte das perdas ao longo do pregão — ainda que os contratos continuassem fechando em baixa.
De acordo com o que explicou o analista, esse movimento mostra que há um patamar em torno dos 16 cents que atrai demanda. Para ele, essas movimentações do mercado dão sinais de que existe uma força técnica de alta para os preços.
“A China, por exemplo, já comprou bastante açúcar em maio, acima da média. Em junho também houve forte demanda, e julho deve vir com um volume expressivo. Isso é impulsionado pelos preços atrativos. O Brasil deve ser um dos principais ofertantes desse açúcar, já que estamos em plena safra, com o mix açucareiro favorecendo a produção, apesar da produtividade por hectare não estar tão boa”, afirmou.
“Essa demanda por importações deve sustentar o ímpeto de alta por mais algumas sessões. Ainda assim, como temos observado, há limitações para grandes altas no curto prazo”, completou o analista.