Soja: Com demanda aquecida e oferta apertada, cotações encerram com ganhos expressivos na CBOT nesta terça-feira

Publicado em 13/10/2010 07:24
As cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam novamente com ganhos notáveis, em Chicago.

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Nesta terça-feira, doze de outubro de 2010, as cotações futuras de soja relativas aos três primeiros vencimentos fecharam novamente com ganhos notáveis, na Bolsa Mercantil de Chicago (CME), conforme a tabela acima. Estima-se que nesta data os fundos de especulação tenham comprado cerca de 9.000 lotes futuros (1.224.000 toneladas) de soja.

Nesta data, as cotações futuras de soja avançaram pela quarta sessão futura consecutiva, graças à sólida demanda de exportação e à crescente preocupação com o escasso estoque global da oleaginosa. As referidas cotações chegaram nesta data muito perto das cotações máximas registradas no pregão futuro de segunda-feira (as mais altas cotações futuras da oleaginosa, ao longo dos últimos quatorze meses).

Há também incertezas relativas à produção de soja de safra nova na América do Sul, pois grande parte dos traders não descarta a possibilidade de safras fracas no Brasil e/ou na Argentina. Especificamente no caso do Brasil, apesar de recentes e constantes previsões de chuvas no Mato Grosso, permanece ainda a estiagem em grandes regiões daquele estado.

Nesta data, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) informou que aproximadamente um milhão de toneladas de soja foi embarcado para exportação em portos norte-americanos durante a semana encerrada em sete de outubro último, o que representa acréscimo de 43,2 %, por comparação à semana anterior. O total acumulado das quantidades embarcadas ao longo dos doze meses anteriores a sete de outubro passado correspondem a acréscimo de 62 % sobre o total acumulado nos doze meses que precederam esta mesma época, no ano passado.

A firmeza das cotações futuras de soja nesta terça-feira foi ainda atribuída à tendência cadente do valor do Dólar dos EUA perante o Euro e outras moedas conversíveis e à redução da oferta interna de soja física no mercado disponível (cash) norte-americano. Os sojicultores daquele país interromperam suas vendas até que possam melhor avaliar as razões de tão inesperada firmeza nos pregões futuras da oleaginosa e do milho, em Chicago. Até dez de outubro último já haviam sido colhidas as parcelas de 67 % da soja e de 51 % do milho das respectivas safras norte-americanas, conforme o USDA.

A análise técnica do primeiro gráfico abaixo - relativo às médias semanais de cotações futuras do vencimento de soja Novembro/2010 - indica ter sido rompida para cima reta de resistência que data de maio de 2009. Este é um indicador técnico importante e altista.

Fonte: SojaNet

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