Trigo: mercado de lotes paranaense com menor procura, preços se mantém elevados

Publicado em 22/01/2013 08:10
Mercado paranaense com mercado bastante enxuto com relação às negociações dos produtores, no mercado de lotes as fontes consultadas de cooperativas e cerealistas ainda dispõem de boa quantidade de produto salvo raras exceções. Com isso mercado atualmente é lento, com negócios mais dificultosos em função dos preços, da ausência de espaço físico e de capital nos moinhos locais.

Na região Oeste temos pedidas a R$ 800/ton na média, com preços variando quanto a qualidade e quantidade entre R$ 770-800 FOB. Ritmo é cadenciado, e demanda maior é pelos trigos com qualidade panificável. Os demais lotes, com qualidade industrial sentem pela dificuldade de negociação das indústrias segundo o entrevistado na Região.

Região de Londrina apresenta pedidas a R$ 850/ton, últimos negócios saindo a R$ 820/ton. As pedidas dos compradores encontram-se bem abaixo e com isso ritmo de negócios também é lento.  Segundo o entrevistado, sendo o negócios mais baixo a R$ 655/ton para um trigo com ph 73 (muito baixo rendimento para moagem).     

Recentes quedas no câmbio impulsionaram a demanda pelos lotes de trigo paraguaio na região, que seria algo em torno de R$ 10 a 15/ton mais baratos. Mercado paraguaio ao Brasil sofre com a interferência das traders que arremataram grandes volumes, sobrando pouco volume para corretores menores e cooperativas locais que costumeiramente entregavam via rodoviária os maiores volumes ao Brasil.

Região de Maringá com dois entrevistados apontando mesma situação. Compradores retirados e vendedores com pedidas a R$ 850/ton, ainda não sendo o “bid" para negócios. Negócios saindo de R$ 800-830/ton dependendo da qualidade do produto na última semana para o produto com qualidade panificável.  

Nos Campos Gerais preços seguem a R$ 800/ton, com vendedor seguro nesta cotação há algumas semanas. Volume que resta é baixo e com isso vendedores podem exercer maior pressão nos preços, negócios travados segundo o termo utilizado pelo entrevistado. Restam 5 mil toneladas na fonte consultada, ainda restando oito meses para a colheita na região.

 Novo fôlego na moagem e recentes quedas nos farelos de trigo misturam necessidade de reposição e diminuição de receita aos moinhos. Uma equação difícil de se solucionar sem alterações nos preços das farinhas de trigo.

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Fonte: AF News

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