China dá reflexos positivos na pecuária brasileira, por José Luiz Tejon

Publicado em 22/05/2015 15:15
José Luiz Tejon Megido, Conselheiro Fiscal do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM, Comentarista da Rede Estadão.

Com a proteína animal, viaja junto a energia do milho e a proteína vegetal da soja. O primeiro ministro chinês Li Kegiang chega ao Brasil acompanhado de 150 empresários. E carne é um objetivo, com a assinatura de um protocolo sanitário para agilizar negócios. Na China consomem mais frangos e suínos, mas sua população de 1,3 bilhão permite visualizar vendas brasileiras de US$ 1 bilhão. E em frangos e suínos crescer 20%.

Com a abertura do mercado chinês para o Brasil, apesar dos impactos esperados sejam fortes para a partir de 2018, os frigoríficos já sendo habilitados geram uma dinâmica nas vendas da carne bovina. Oito frigoríficos terminaram de ser autorizados, e outras nove plantas serão autorizadas quando da programada viagem da Ministra Katia Abreu para a Ásia, em junho. Hoje exportamos carne para a China via Hong Kong, e a China vai se tornar o maior importador mundial de carne bovina.

O crescimento do agronegócio brasileiro vem sendo impulsionado pelos mercados consumidores asiáticos, Oriente Médio e América Latina, e alguns países africanos. Significa um crescimento populacional e uma revolução da informação, de uma nova geração mediática, que através das redes sociais segue o planeta. Consequentemente, todos entram na busca de mais e melhores alimentos.

No Brasil deverá crescer muito a integração lavoura e pecuária, e ainda lavoura, pecuária e floresta. Os ganhos de produtividade podem ser duplicados, e produzirmos o dobro de carne bovina em metade da área. Além da China, outro mercado que pode ser aberto para o Brasil será os Estados Unidos, com muito hambúrguer.

Sobre o CCAS

O Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

O CCAS é uma entidade privada, de natureza associativa, sem fins econômicos, pautando suas ações na imparcialidade, ética e transparência, sempre valorizando o conhecimento científico.

Os associados do CCAS são profissionais de diferentes formações e áreas de atuação, tanto na área pública quanto privada, que comungam o objetivo comum de pugnar pela sustentabilidade da agricultura brasileira. São profissionais que se destacam por suas atividades técnico-científicas e que se dispõem a apresentar fatos concretos, lastreados em verdades científicas, para comprovar a sustentabilidade das atividades agrícolas.

A agricultura, apesar da sua importância fundamental para o país e para cada cidadão, tem sua reputação e imagem em construção, alternando percepções positivas e negativas, não condizentes com a realidade. É preciso que professores, pesquisadores e especialistas no tema apresentem e discutam suas teses, estudos e opiniões, para melhor informação da sociedade. É importante que todo o conhecimento acumulado nas Universidades e Instituições de Pesquisa seja colocado à disposição da população, para que a realidade da agricultura, em especial seu caráter de sustentabilidade, transpareça.

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Fonte: CCAS

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