Monsanto rejeita oferta de compra pela Bayer, mas está aberta a negociar

Publicado em 24/05/2016 16:36

(Reuters) - A Monsanto, maior empresa de sementes do mundo, rejeitou uma oferta de aquisição feita pela Bayer de 62 bilhões de dólares, considerando-a "incompleta e financeiramente inadequada", mas disse que estava aberta a se envolver em mais em negociações.

A decisão da Monsanto, noticiada em primeira mão pela Reuters nesta terça-feira, pressiona a Bayer a decidir se aumentará sua oferta, mesmo com a empresa enfrentando críticas de alguns acionistas de que sua oferta de 122 dólares por ação e dinheiro já é muito alta. As outras opções são desistir ou apresentar uma oferta hostil.

A Bayer não comentou imediatamente.

As ações da Monsanto subiram 2,5 por cento, para 108,70 dólares em negociações durante a tarde em Nova York, mas permaneceram muito abaixo do preço oferecido pela Bayer, ressaltando o ceticismo de alguns investidores de que um acordo possa ser feito. As ações da Bayer subiram 3,23 por cento, a 87,15 euros em Frankfurt.

"A proposta atual desvaloriza significativamente nossa empresa e também não soluciona adequadamente ou fornece garantias para alguns dos potenciais riscos de execução financeiros e regulatórios relacionados à aquisição", disse o presidente-executivo da Monsanto, Hugh Grant, em comunicado.

Não ficou claro por qual preço a Monsanto estaria disposta a ser adquirida. Vários analisas sugeriram que a Bayer teria que pagar muito mais de que sua oferta atual para fechar negócio.

(Reportagem de Greg Roumeliotis, em Nova York; com reportagem adicional de Mike Stone, em Nova York, Patricia Weiss em Frankfurt e Pamela Barbaglia e Lina Saigol em Londres)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Xarvio lança tecnologias na Agrishow 2024
Relação custo X benefício pesa mais para que o agricultor decida por máquinas com motorização a combustíveis alternativos
Powell diz ser improvável que próximo movimento do Fed seja de alta de juros
Mapas para identificar plantas daninhas em cana alta tornam controle mais eficiente, otimizando operação de colheita e evitando banco de sementes
Avanços nas tecnologias para pulverizadoras ainda são mais lentas que os avanços do agro brasileiro, diz especialista