Setor agrícola argentino crítico de corte "insuficiente" de tarifas e tensão aumenta
A principal associação agrícola da Argentina disse nesta sexta-feira que as medidas do governo para reduzir temporariamente as tarifas de exportação de grãos são inadequadas e não abordam os enfrentados pelos problemas locais em meio a uma grave crise econômica ea rígidos controles de capital.
O governo do país anunciou na quinta-feira que reduziria as taxas sobre as exportações de soja em três pontos percentuais, para 30%, para estimular as vendas e atrair os volumes muito divulgados de divisas estrangeiras. A tarifa voltará a ser de 33% em janeiro.
As taxas para farelo e óleo de soja também serão reduzidas, voltando a subir gradualmente nos próximos meses.
Os agricultores da Argentina, maior exportadora de soja processada do mundo, têm segurado as vendas da oleaginosa, o que se preocupa o governo à medida que as reservas em moeda estrangeira diminuem em meio à pandemia de coronavírus. Há, também, pouca confiança no peso, com o país caminhando para seu terceiro ano consecutivo de recessão.
A Argentina também está saindo de um "default" sóbrio, após reestruturar mais de 100 bilhões de dólares em dívidas em moeda estrangeira.
A Mesa de Enlace, que incorpora as quatro principais associações agrícolas do país, classificou os planos do governo de "insuficientes" e "medidas precisas, que mais parecem remendos" do que uma estratégia distribuída.
"A falta de dólares é consequência das terríveis políticas de exportação que obtêm resultados, apontando apenas para a arrecadação de impostos e desestimulando o crescimento da produção exportável", afirmou a entidade em comunicado, aprofundando não ter sido consultada sobre as medidas.