Com auxílio de bioinsumos, grupo Bom Futuro alcança eficiência de até 80% no controle da cigarrinha do milho 

Publicado em 06/07/2022 08:29 e atualizado em 07/07/2022 13:15
A meta da empresa é que os biológicos no grupo representem 40% de tudo que é aplicado nas áreas cultivadas da empresa 

O grupo Bom Futuro conseguiu atingir o controle na cigarrinha de até 80% nesta safra do milho, somente com a aplicação de biológicos, que são produzidos na própria biofábrica da empresa. 

O Engenheiro Agrônomo e Gerente da Bom Futuro, Sávio Santos Lopes, destacou que algumas áreas na regional de Campo Verde/MT tiveram problemas com a cigarrinha do milho nesta safra. "Fizemos três aplicações com o bioinsumo e tivemos um bom resultado no controle da praga, sem contar que ainda reduzimos os custos com a aplicação dos defensivos", afirmou. 

O custo do produto biológico comparado ao inseticida químico pode ser até 80 % mais barato. Gerando assim uma economia significativa, nas áreas onde se fez o manejo biológico.

 A meta é que a utilização dos  insumos biológicos no grupo aumentem, tendo potencial de representar cerca de 40% das aplicações nas áreas cultivadas da empresa. "Quando falamos das lavouras de milho esse percentual da utilização de biológicos pode ser ainda maior", comentou ao Notícias Agrícolas.

A fabricação própria de bioinsumos gera economia significativa nas aplicações de inseticidas para controle de mosca branca, cigarrinha do milho e cigarrinha da pastagem. “Não vejo a agricultura só com biológico, por enquanto, ainda precisamos do químico. Mas unindo os dois dá pra economizar e preservar mais o solo”, afirmou o Gerente Regional de Operações Campo Verde, Olimar Gottems. 

Pesquisa de controle da Cigarrinha-da-Pastagem

    

Lopes salienta que apesar de ser altamente sustentável e rentável, a intenção dos biológicos não é reduzir totalmente o uso de defensivos químicos.""Não pensamos em substituir, mas sim fazer um manejo eficiente e utilizar os químicos em consórcio com os biológicos, sempre que for preciso, para se evitar a resistência da praga aos princípios químicos ativos", destacou.

Com relação a comercialização do biológico, o grupo Bom Futuro esclarece que a fabricação do produto ainda somente para aplicação nas áreas da empresa e que não tem perspectiva de venda do produto. 

A biofábrica da Bom Futuro começou a ser construída em 2019 com o objetivo de encontrar meios viáveis economicamente e sustentáveis para a produção agrícola da empresa. Com toda a documentação em órgãos competentes aprovada, a empresa iniciou a utilização em fazendas de Campo Verde. 

"Apesar da biofábrica ser recente, as pesquisas sobre a cigarrinha do milho começaram em 2015 e foram se aprimorando ao longo das safras e até a empresa ter certeza que o biológico seria eficiente", explicou Lopes. 

A Bom Futuro produz seus próprios insumos biológicos e os utiliza em suas fazendas nas áreas de agricultura em Mato Grosso. A biofábrica Bom Futuro está localizada na fazenda Fartura, em Campo Verde, e tem capacidade de produção de 800 mil litros de bioinsumos, atualmente fabricando 280 mil litros por safra, entre nematicidas, bioinseticidas, bioestimuladores e ativadores de solo. 

Além de bioinsumos de produção própria, a empresa também utiliza produtos comprados de terceiros para atender a demanda de parte da área cultivada com soja, milho e algodão. 

Qualidade 

A Biofabrica do Grupo Bom Futuro realiza um cuidadoso controle de qualidade, processo em que verifica a pureza e a concentração dos  bioinsumos. Dessa forma, entrega  produtos puros, concentrados e isentos de contaminantes ou quaisquer micro-organismos que venha fazer mal ao operador ou ao ecossistema de nossas lavouras. 

O Notícias Agrícolas tem acompanhado os relatos de presença de cigarrinhas nas lavouras de milho e plantas com sintomas do enfezamento estão elevados nesta segunda safra de milho.  

As condições climáticas e o histórico em temporadas anteriores contribuíram para a incidência da cigarrinha-do-milho nas principais áreas produtoras. 

Por: Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

IPCF de novembro já é o mais favorável ao agricultor desde abril
Alto Taquari/MT e Alto Garças/MT sofreram com falta de chuvas para as lavouras de soja
Terrus Regeneração apresenta 1ª plataforma para posicionamento de biossoluções baseada na tipologia de argila
Krilltech lança Projeto Biocabruca com apoio da Finep para impulsionar sustentabilidade no cultivo de cacau
Novo marco da pesca propõe regras claras para diferenciar aquicultura e pesca extrativa
Produção de óleo de palma da Malásia chegará a 20 mi t pela primeira vez, diz conselho