Real valoriza 31% ante dólar no ano e supera sete moedas, diz Economática
Estudo da consultoria Economática aponta que o real teve um dos melhores desempenhos entre as moedas dos países da América Latina e valorizou 31,44% ante o dólar. O levantamento considera a taxa média de câmbio calculada pelo Banco Central, a Ptax.
De acordo com a pesquisa, a segunda moeda mais valorizada é o peso chileno com 17,01%. Entre as oito moedas estudadas somente o peso argentino apresenta desvalorização no ano de 2009, com queda de 9,87%.
Considerando apenas o terceiro trimestre (junho a setembro), a moeda mais valorizada é a da Colômbia (peso colombiano), com 12,31%, seguida pelo real, com 9,76%. As moedas da Argentina, México e Chile fecham o trimestre com desvalorização.
"A valorização do real devera trazer benefícios nos resultados das empresas listadas em Bolsa que tiverem suas dividas atreladas à moeda norte-americana, o beneficio será refletido na diminuição do estoque das dívidas quando convertidas para real", avalia a consultoria.
Veja valorização por moeda (ante o dólar, no ano)
Real -- 31,44%
Peso chileno -- 17,01%
Peso colombiano -- 16,73%
Sol -- 7,99%
Euro -- 5,22%
Peso mexicano -- 2,52%
Bolívar Furte -- 0%
Peso argentino -- (-9,87%)
Aplicações
Em setembro, pelo terceiro mês consecutivo, investimentos em Bolsa de Valores provaram ser os mais rentáveis do período, batendo com folga as demais aplicações. Aplicações vinculadas ao dólar comercial tiveram o pior desempenho do período: a taxa de câmbio desvalorizou 6,24% em setembro.
No mês, entre os papéis que compõem esse índice, a ação ordinária da mineradora MMX foi a mais valorizada: 25,60%; seguida pela ação ordinária da Rossi Residencial, com ganho de 22,07% e pela ação ordinária da JBS, com alta de 17,65%.
O índice Ibovespa, que serve de "benchmark" (meta) para boa parte dos fundos de renda variável, teve variação de 8,90% em setembro. A commodity metálica Ouro, pela referência do contrato negociado na BM&F, teve oscilação de 0,97% no mesmo período.
Os fundos de Renda Fixa e do tipo DI proporcionaram rentabilidade de 0,67% e 0,61%, respectivamente, segundo cálculo da Anbid (Associação dos Bancos de Investimento), com dados atualizados até o dia 25. Já a popular caderneta de poupança teve retorno de 0,50%.