Mudanças na pecuária pode aumentar área na agricultura em MT

Publicado em 07/07/2010 13:01
Se a pecuária mato-grossense for aprimorada e reduzir a quantidade de animais por hectare, o Estado teria cerca de 9 milhões de hectares aptos para serem utilizados pela agricultura. O cálculo é do superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) Seneri Paludo ao tomar como referências o rebanho estadual e a área de pastagem existente no Estado. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), existem cerca de 26 milhões de hectares utilizados pela pecuária e aproximadamente 27 milhões de bovinos, o que daria uma relação de praticamente um pra um (1 boi por hectare).

"Se aumentar o número de animais por hectare teríamos 9 milhões (ha) que poderiam ser usados imediatamente pela agricultura (soja, milho ou algodão) sendo 6 milhões deles no Vale do Araguaia, região carente de investimentos. Isso dispensaria a abertura de novas áreas para o cultivo agrícola", diz Paludo ao comentar que seriam necessários investimentos para a recuperação do solo, já que a pecuária reduz o potencial agrícola.

Segundo o superintendente da Famato, Mato Grosso usa o solo de forma consciente, diferentemente do que se imagina. Em números, ele explica que, do total de cerca de 90 milhões de hectares que formam o Estado, apenas 7 milhões (ha) são usados para a agricultura e outros 26 milhões pela pecuária. Os dois segmentos juntos correspondem a 38% do território estadual (incluindo cidades), fazendo com que o percentual de área preservada no Estado chegue a 62%. "Se houver melhora no perfil produtivo estadual, tanto na pecuária quanto na agricultura, poderemos aumentar a produção sem a necessidade de ampliar a área, apenas com a adoção de novas tecnologias".

Já o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, argumenta que os investimentos para recuperação de áreas de pastagem são altos. "Para se plantar 6 milhões de hectares de soja, já cultivados com o grão, são necessários R$ 8 bilhões de aporte", diz ao considerar que se não houver rentabilidade, de nada adianta ter novas áreas para serem exploradas no Estado.
Fonte: A Gazeta

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