Queimadas em Mato Grosso estão proibidas a partir de hoje
Até setembro, quem for pego ateando fogo pode receber multa que varia de acordo com a área atingida - de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil reais por hectare nas áreas de floresta -, além de correr o risco de ser detido e responder por crime ambiental. Nesses casos a detenção pode chegar a quatro anos.
A antecipação do período proibitivo foi solicitada pelo secretário de Meio Ambiente, Alexander Maia, e apoiada pelo Comitê Estadual de Gestão do Fogo em razão do agravamento das previsões climáticas para Mato Grosso como o forte calor e baixa ocorrência de chuvas.
Segundo as previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE), do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), no período iniciado em junho até setembro, em especial em Mato Grosso, deverá ocorrer um predomínio de ar seco e umidade relativa do ar abaixo dos 30%, constituindo fatores que aumentam o risco de fogo no estado.
Este ano já foram registrados no Estado pelo menos quatro grandes incêndios: um no morro Quebra-Gamela, em Chapada dos Guimarães, outros dois na região de Nobres e o último foi esta semana, no Monumento Natural Morro de Santo Antônio do Leverger, localizado no município de Santo Antônio do Lerverger.
O fogo na unidade de conservação, que possui uma área de 258 hectares, começou na manhã da última quarta-feira e foi controlado ontem à tarde, segundo informações da Defesa Civil.
Dados dos satélites do Inpe apontam que, dos 1.501 focos de queimadas observados no Brasil (nesta sexta-feira) 413 são em Mato Grosso. Desse total, 46 foram registrados em Tabaporã; 40 em Porto dos Gaúchos; 34 em Santa Carmem; 27 em Tapurah; 21 em Tangará da Serra; 18 em Campinápolis; 17 em Paranatinga; 17 em Nova Mutum; 17 em Jaciara e 11 em Nova Maringá.