Código Florestal: Relatório da CCJ pode ser votado na quarta feira

Publicado em 19/09/2011 12:20
Avaliação da votação pelo blogueiro Ciro Siqueira, do blog codigoflorestal.com

O projeto de reforma do Código Florestal voltará a abrir a pauta da reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado nesta quarta, dia 21. A apreciação da matéria na CCJ foi adiada pela segunda vez na última reunião. 

Ao contrário de Aldo Rebelo, cujas convicções impediram que os ambientalistas do governo mutilassem o texto em desfavor da produção rural, o Senador Luiz Henrique, que relata a matéria na CCJ não tem conseguido segurar as pressões do Ministério do 1/2 Ambiente. Luiz Henrique fez alterações no texto a pedido da Ministra Izabella Teixeira. Essas modificações fizeram com que a votação tivesse que ser adiada por mais uma semana.

O Senador Randolfe Rodriques, que vem servindo de manino de recados da turma da Marina Silva no Senado, tem preparado um voto em separado. Caso o texto do Código Florestal seja apreciado na próxima quarta, Rodrigues deverá apresentar seu texto alternativo como forma de atrapalhar a apreciação da matéria na comissão.

Veja abaixo a composição da CCJ e como, na opinião deste blogger, deve votar cada senador. Não será uma votação fácil como na Câmara.

Marta Suplicy (PT) - Deve votar CONTRA
Tem eleitorado urbano, não tem compromisso com a agricultura. Deve fazer populismo com o eleitor urbano de São Paulo.

Pedro Taques(PDT) - Deve votar CONTRA
Apesar de ser Senador por Mato Grosso, um estado agrícola, Taques virou a casaca e fará a vontade dos fundamentalistas de 1/2 ambiente irresponsáveis do Ministério Público, de onde é egresso.

Jorge Viana (PT) - Deve votar A FAVOR
Viana é relator da matéria na Comissão de Meio Ambiente. Foi governado do Acre e conhece a impraticabilidade da lei vigente.

Magno Malta (PR) - Deve votar A FAVOR;

Antonio Carlos Valadares (PSB) - Deve votar CONTRA
Tem dado sinais (questionamentos, apresentação de emendas) de que votará contra o relatório.

Inácio Arruda (PC DO B) - Deve votar A FAVOR
Acompanhou o trabalho do deputado Aldo Rebelo na Câmara e conhece a necessidade de reformar o Código Florestal

Eunício Oliveira (PMDB) - Deve votar A FAVOR.
É presidente e só vota em caso de empate.

Pedro Simon (PMDB) - Deve votar CONTRA
Tem eleitora do urbano. Tenderá a acompanhar a opinião publicada.

Romero Jucá (PMDB) - Deve votar A FAVOR
É líder do governo no Senado. A apreciação e aprovação da matéria é de interesse do governo.

Renan Calheiros (PMDB) - Deve votar A FAVOR
Tem compromisso com o governo e deve acompanhar a indicação da liderança.

Roberto Requião (PMDB) - Votará CONTRA.
Requião tem esmerilado o populismo costumeiro no tema do Código Florestal. Assim como Marta Suplicy e Pedro Simon, deve bajular a opinião publicada.

Sérgio Petecão (PMN) - Votará A FAVOR
Petecão é Senador pelo Acre e conhece bem o drama que o setor rural passa diante das exigências dos fundamentalistas de meu ambiente.

Aécio Neves (PSDB) - Deve votar CONTRA
Provavelmente Aécio não comparecerá à reunião de quarta feira. Como bom político mineiro Aécio sabe que desgostará a opinião publicada se votar a favor, mas, ao contrário de Pedro Simom, Marta Suplicy e Roberto Requião, não é irresponsável a ponto de votar contra. Nessas situações político que têm pretensão futura costuma áchar um jeito de não se posicionar.

Demóstenes Torres (DEM) - Deve votar CONTRA
Na última quarta feira Demóstenes participou da jogada regimental que postegou a votação do relatório para a próxima semana. Não sei porque, mas acho que ele vai marinar.

Randolfe Rodrigues (PSol) - Deve votar CONTRA

Até aqui são 8 votos contra e 7 votos a favor. Restam ainda 8 votos dos senadores José Pimentel (PT), Marcelo Crivella (PRB), Vital do Rêgo (PMDB), Francisco Dornelles (PP), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), Alvaro Dias (PSDB), Armando Monteiro (PTB) e Gim Argello (PTB). Mas não tenho como chutar para onde vão essas ilustres criaturas. Em todo caso, não creio que seja uma votação folgada.

Se eu fosse um Senador preocupado com a agricultura nacional, ou do governo, arranjaria uma estratégia para sustar a votação caso o risco de derrota aumente demais durante o processo na CCJ. Seguro morreu de velho e cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Fonte: Blog Ciro Siqueira

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