Após recuo de 20,9% no diesel, especialista do PR mostra como ampliar ainda mais a economia em frotas

Publicado em 23/05/2025 14:43

A redução de R$ 0,17 por litro no preço do diesel A — combustível base do diesel comercializado nos postos — trouxe um alívio momentâneo para empresas que dependem de frotas veiculares para operar.

Com isso, o valor médio nas refinarias passou para R$ 3,55 o litro, uma queda de 4,6%. No bolso do consumidor, a parcela da Petrobras no diesel B (já misturado com 14% de biodiesel) caiu para R$ 3,05. Desde dezembro de 2022, o combustível acumula queda de R$ 0,94, o equivalente a 20,9%. Se considerada a inflação do período, a redução chega a 29%.

Mas, para quem vive da estrada, o alívio no preço ainda não é sinônimo de caixa positivo. "Essa é uma ótima notícia, mas, para que a economia se concretize no dia a dia, é preciso muito mais do que torcer por quedas de preço. É preciso gestão, estratégia e tecnologia", alerta Paulo Raymundi, CEO da Gestran, desenvolvedora de soluções para frotas.

Raymundi explica que, sem ferramentas inteligentes, a redução do diesel pode ser engolida por desperdícios invisíveis: consumo irregular, falhas de manutenção, maus hábitos de direção e negociações ruins.

Segundo ele, para começar a economizar de verdade, é preciso enxergar onde o diesel está indo. "Sistemas como o Gestran Combustível permitem o registro, em tempo real, do abastecimento de cada caminhão. Um sistema de gestão especializado pode monitorar o histórico de abastecimento e identificar irregularidades, como fraudes e desvios.” O CEO explica: "Com esses dados, o gestor age antes que o desperdício vire prejuízo”.

No sistema é possível definir alguns parâmetros de consumo, como por exemplo, o  consumo de combustível por quilômetro rodado. Caso o sistema identifique um consumo maior que o definido ele emite um alerta, permitindo ao gestor averiguar o que pode estar envolvido nesse aumento de consumo, seja uma irregularidade, como dito anteriormente, ou outras situações, levando a um controle muito melhor.

A tecnologia também é sinônimo de poder de barganha. "Com dados detalhados em mãos, as empresas conseguem negociar compras maiores e identificar os melhores postos ao longo das rotas. Um cuidado que evita ainda o risco de adquirir diesel de má qualidade, que pode comprometer a frota e jogar qualquer economia por terra", conta. Além disso, via aplicativo, é possível saber quais são os postos cadastrados pela empresa, e assim, realizar os abastecimentos em locais já conhecidos e autorizados pelos gestores, seja pelo preço ou qualidade, evitando postos onde a qualidade do diesel possa ser duvidosa.

Por fim, automatizar o controle do combustível garante precisão, evita erros e facilita auditorias internas. "A tecnologia transforma a gestão de combustível em uma operação de alta eficiência. Reduz o custo por quilômetro, preserva a frota e ainda prepara as empresas para enfrentar novas oscilações de mercado", conclui Raymundi.

Fonte: Gestran

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