Goiás ganha 3ª maior usina de biodiesel
Segundo André Rocha, presidente Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool em Goiás (Sifaeg), a capacidade de moagem de cana já faz com que a Rio Claro nasça como a terceira empresa do ramo no Estado. Para ele, a política de incentivo econômico do Estado é responsável por mais de 30 indústrias desse tipo terem-se instalado em Goiás. “O governo tem fortes programas de incentivo e de atração de empresas, o Produzir e o Fomentar”, elogiou. “Isso fez com que saíssemos, em dez anos, de 12 usinas para 32”, ilustrou.
A Rio Claro, além do biodiesel, tem capacidade também de ser co-geradora de energia elétrica a partir do bagaço da cana – cerca de 130 MW por ano –, para consumo interno e venda. A usina abre também 400 postos de trabalho diretos, que chegarão a 1,2 mil no auge da produção. Outros 2 mil empregos indiretos também deverão ser criados.
Alcides Rodrigues disse que a meta do governo é continuar investindo no setor. “É importante, porque vai gerar divisas, oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento para o Estado”, assegurou. “Atrás de uma empresa como essa vêm outras de suporte e isso está espalhado por todos os quadrantes de Goiás”, comemorou.
Até o fim de 2010, mais três usinas serão instaladas no Estado. A próxima, ainda este ano ainda, em Jataí. Fruto da parceria do Estado com o Grupo Cosam. André Rocha explica que o Estado, além de incentivos, tem características naturais propícias para o mercado sucroalcooleiro. “Topografia favorável, clima bom e terras disponíveis”, enumera.
O presidente do Sifaeg lembra que o potencial de crescimento do etanol em Goiás é muito grande. “Em São Paulo, 20% das terras são destinadas ao plantio de cana, em Goiás, apenas 1,15%”, compara. Lembra ainda o potencial dos mercados internacionais, hoje estacionado, porém, em 15% apenas.
Ainda segundo Rocha, Goiás é o quarto Estado em produção de cana e o terceiro maior produtor de etanol. “O consumo aumentou mais de 28% este ano em todo o Brasil e o plantio, nem 10%”, aponta, citando a frota de carros flex (bicombustível) como grande consumidora. “São 53% do consumo de etanol no Brasil”, informou. (A repórter viajou a convite da ETH)