Goiás ganha 3ª maior usina de biodiesel

Publicado em 28/08/2009 08:33
Inaugurada ontem pelo governador Alcides Rodrigues (leia mais na página 9), a usina de Rio Claro, em Caçu, é a 32ª empresa de produção de biodiesel instalada em Goiás. Construída pela ETH, um dos braços da Odebrecht, a Rio Claro custou R$ 500 milhões e vai operar com uma capacidade de moagem de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (que dobrará em dois anos) e produção inicial de 190 milhões de litros de biodiesel.

Segundo André Rocha, presidente Sindicato das Indústrias de Fabricação de Álcool em Goiás (Sifaeg), a capacidade de moagem de cana já faz com que a Rio Claro nasça como a terceira empresa do ramo no Estado. Para ele, a política de incentivo econômico do Estado é responsável por mais de 30 indústrias desse tipo terem-se instalado em Goiás. “O governo tem fortes programas de incentivo e de atração de empresas, o Produzir e o Fomentar”, elogiou. “Isso fez com que saíssemos, em dez anos, de 12 usinas para 32”, ilustrou.

A Rio Claro, além do biodiesel, tem capacidade também de ser co-geradora de energia elétrica a partir do bagaço da cana – cerca de 130 MW por ano –, para consumo interno e venda. A usina abre também 400 postos de trabalho diretos, que chegarão a 1,2 mil no auge da produção. Outros 2 mil empregos indiretos também deverão ser criados.

Alcides Rodrigues disse que a meta do governo é continuar investindo no setor. “É importante, porque vai gerar divisas, oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento para o Estado”, assegurou. “Atrás de uma empresa como essa vêm outras de suporte e isso está espalhado por todos os quadrantes de Goiás”, comemorou.

Até o fim de 2010, mais três usinas serão instaladas no Estado. A próxima, ainda este ano ainda, em Jataí. Fruto da parceria do Estado com o Grupo Cosam. André Rocha explica que o Estado, além de incentivos, tem características naturais propícias para o mercado sucroalcooleiro. “Topografia favorável, clima bom e terras disponíveis”, enumera.

O presidente do Sifaeg lembra que o potencial de crescimento do etanol em Goiás é muito grande. “Em São Paulo, 20% das terras são destinadas ao plantio de cana, em Goiás, apenas 1,15%”, compara. Lembra ainda o potencial dos mercados internacionais, hoje estacionado, porém, em 15% apenas.

Ainda segundo Rocha, Goiás é o quarto Estado em produção de cana e o terceiro maior produtor de etanol. “O consumo aumentou mais de 28% este ano em todo o Brasil e o plantio, nem 10%”, aponta, citando a frota de carros flex (bicombustível) como grande consumidora. “São 53% do consumo de etanol no Brasil”, informou. (A repórter viajou a convite da ETH)

Fonte: Hoje Notícia

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Consumo de biodiesel deve subir 9,0% em 2025 e 6,4% em 2026, aponta StoneX
Produção de etanol de milho cresce, mas disputa por biomassa ameaça ritmo das usinas
Etanol/Cepea: Indicadores são os maiores da safra 25/26
RenovaBio completa oito anos e Senado celebra protagonismo brasileiro na transição energética
Petrobras prevê atender 100% da demanda de SAF do Brasil com produto coprocessado até 2029
Etanol/Cepea: Indicador do hidratado sobe pela 8ª semana seguida