Joesley volta, mostra-se indignado e até fala como um patriota! É asqueroso!

Publicado em 14/06/2017 09:48
Eis os heróis que estes tempos estão fazendo! E, na noite de ontem, as redes sociais urravam com a manutenção da prisão de Andrea Neves. E Joesley combatendo a corrupção!!!

Joesley Folgadão, um dos donos da JBS, está de volta ao Brasil. E cheio de indignação. Quem diria! O homem que confessou 245 crimes e poderia ser condenado a até 2 mil anos de cadeia está falando grosso. Quem lhe deu tanta moral? Ora, deve ser Rodrigo Janot. Deve ser Edson Fachin.

A sua assessoria divulgou um comunicado. Lá se lê este mimo:
“Joesley Batista estava na China — e não passeando na Quinta Avenida, em Nova York, ao contrário do que chegou a ser noticiado e caluniosamente dito até pelo presidente da República. Não revelou seu destino por razões de segurança. Viajou com autorização da Justiça brasileira”.

Opa! Dizer agora que alguém está em Nova York, não na China, é calúnia, é atribuição de crime? O que gerou indignação não é o país ou a cidade de destino, mas os benefícios concedidos a bandidos tão vistosos.

O empresário também disse que se mandou pra proteger sua família. Pois é… É uma pena que os prejuízos que ele provocou à economia brasileira punam tantas famílias pobres, não é? Ele deveria vender a sua participação na J&F e destinar todo o dinheiro a um fundo sério de combate à pobreza. Que tal? Não é que não me comova com as necessidades de sua família, mas prefiro dar prioridade aos pobres de tão pretos e pretos de tão pobres.

O bandido, agora com fala de mocinho, manda dizer o seguinte:
“Joesley é cidadão brasileiro, mora no Brasil, paga impostos no Brasil e cria seus filhos no Brasil. Está pessoalmente à disposição do Ministério Público e da Justiça brasileiros para colaborar de forma irrestrita no combate à corrupção”.

Veja a íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV

JBS patrocinou eventos de faculdade de que Gilmar Mendes é sócio. E daí? Nada!!!

Informa reportagem da Folha publicada nesta quarta:
“O grupo J&F, que controla a JBS, gastou nos últimos dois anos R$ 2,1 milhões em patrocínio de eventos do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), que tem como sócio o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal)” Nota: IDP diz que R$ 650 mil foram devolvidos. Já volto ao ponto. Faço antes algumas considerações.

Na rota da desmoralização de qualquer pessoa que ouse não ser ou um adulador da Lava Jato ou um delator premiado, está a perda do sentido das palavras. As pessoas vão se embrenhando na Babel de versões, acusações lançadas ao léu, informações sem relevância… Quanto mais leem e ouvem, sem se ater a detalhes e nuances, mais desinformadas se tornam. E mais confusas são suas respectivas respostas.

A alguém deve aproveitar a bagunça, não duvidem. Esse negócio de “nem quem ganhar nem perder vai ganhar ou perder; vai todo mundo perder” é só uma maluquice saída da cabeça de Dilma. Fiquem certos: sempre há ao menos um vitorioso, ainda que muitos sejam os derrotados. No Brasil que temos aí, quem se dá bem? Tentem responder.

Não é de hoje que se busca tirar Gilmar Mendes do julgamento do petrolão. Na verdade, o esforço de alguns bacanas, sejamos precisos, é para defenestrá-lo do STF. Até outro dia, eram os petistas que se dedicavam à tarefa de demonizá-lo. Continuam a não gostar dele, mas os detratores mais assanhados, hoje, atendem aos “salves” enviados pela Lava Jato. Tão logo o ministro fez o primeiro reparo às heterodoxias de Rodrigo Janot, transformou-se num alvo. Ora, até eu, que sou apenas um jornalista, sei o preço de não ser um fiel da Igreja dos Santos dos Último Dias de Janot e Dallagnol.

Leia a notícia na íntegra no blog de Reinaldo Azevedo no site da RedeTV

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Fonte: Blog Reinaldo Aezevedo - RedeTV

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