Aí vem aí uma oposição forte e esclarecida para confrontar o governo de Lula, Dilma Roussef e o PT

Publicado em 01/11/2010 11:42 e atualizado em 08/03/2020 21:20
Aí vem aí uma oposição forte e esclarecida para confrontar o governo de Lula, Dilma Roussef e o PT, que são as forças do atraso que ainda não se libertaram das amarras ideológicas das teses comunistas, que é o que os torna tão presos a líderes como os Castro, Chavez, Morales e mais meia dúzia de ditadores espalhados pela África e pela Ásia, alguns deles meros inocentes úteis.

No seu discurso deste domingo a noite, o líder da oposição, José Serra, avisou que a derrota não corresponde a um bilhete de volta para casa. "Não estou dizendo adeus, mas até logo", disse Serra.

A linguagem dos discursos mostra quem cada um representa

A leitura atenta dos discursos de Dilma Roussef e de José Serra demonstra mais uma vez o vetor de representação de cada um dos dois candidatos. Não é por acaso que José Serra referiu-se repetidas vezes aos brasileiros que buscam espaços de progresso, mediante o uso intensivo do estudo e do trabalho. Ele se referiu por quatro vezes ao papel que a Internet jogou nesta eleição (a Internet joga novo papel relevante em qualquer área da atividade humana, o que não é reconhecido apenas pela vanguarda do atraso, que prefere contingenciar seu uso).
 

Mapa mostra que Brasil clientelista ficou com Dilma

O mapa com o resultado das eleições demonstra bem a origem desta oposição que se tornou maior: a mancha azul do mapa é justamente a do Brasil que abraçou o capitalismo moderno e perseguidor do em estar social, mas que paralelamente não abre mão do estado democrático de direito e dos princípios republicanos, ameaçado pelo outro Brasil da mancha vermelha, atrasado, clientelista, devorador das riquezas produzidas pelas regiões da mancha azul. Rota dos migrantes gaúchos semeou o progresso.

Nesta rota ganhou Serra

O leitor gaúcho deve prestar atenção no que vê no mapa, porque parte do RS em direção ao Centro-Oeste e Norte, este Brasil moderno, capitalista, desbravador, competitivo, que não quer ficar pendurado nas tetas do Estado, democrático. A rota que sai do RS é a que cumpriram os migrantes gaúchos que levaram para cima seu espírito desbravador, libertário e da economia moderna.

Nova vitória do PT não suprime fundamentos da moderna oposição brasileira

Dilma Roussef, a representante das forças do atraso (não foi por acaso que ao seu lado no discurso de posse, encontrava-se Sarney e líderes petistas que nunca souberam o que é suar a cara para ganhar a vida) não suprimem por si só as razões que fizeram com que a oposição, a mídia mais moderna, as Igrejas não comerciais e as lideranças civis da sociedade a colocar na mesa o caráter autoritário, obtuso e regressionista do PT e do Governo Lula.
 

Oposição nos papel de vigiar e fiscalizar malfeitorias do governo

O governo do PT, agora bicéfalo, porque comandado por Lula e Dilma, precisará de vigilância e fiscalização permanentes e implacáveis, para que se evitem novos atos de corrupção, maior patrimonialismo e nepotismo, relações permissivas com potências estrangeiras adversas e atrelamento aos dogmas imorais e aéticos que defendem a supressão da liberdade de imprensa, a perseguição religiosa e o desprezo à vida.

45% dos brasileiros não querem saber de Lula, do PT e de Dilma

Dilma Roussef é a nova presidente, mas 45% dos brasileiros preferiram a oposição, portanto bem mais do que aqueles 3% que tanto irritam o presidente Lula, já que este seria o número de cidadãos que acham seu governo péssimo.

O governo do PT e a nova presidente do Brasil podem comemorar a vitória, sim, mas terão que respeitar os 45% dos eleitores que preferiram a oposição, porque quiseram ficar do lado dos valores éticos e morais que fundamentam a vida em sociedade civilizada.

Se contarmos ainda os 21% de abstenções, são 66% que não votaram em Dilma.

Oposição governará 56% da população e 60% do PIB

Mais do que isto: o governo do PT e Dilma Roussef terão pela frente uma oposição mais organizada e mais aguerrida, mas o que se espera é que esta oposição saiba administrar os 56% da população brasileira e os 60% do PIB representados pelos Estados onde elegeram governadores - os mais importantes, modernos, progressistas e representativos do que produz o Brasil. 

Agora é tratar de ter uma oposição de verdade no Brasil

A oposição, que não soube cumprir o seu papel durante os oito anos de destrambelhamento político do governo Lula, terá agora a oportunidade de se redimir, promovendo o necessário enfrentamento político,  porque com certeza percebeu durante a campanha eleitoral que as forças do bem, sobretudo as religiosas (valores morais) e da mídia (valores éticos, a legalidade democrática republicana) que defendem os valores éticos e morais mais profundos da civilização, alinharam-se contra as forças do Eixo do Mal.

O RS recuperou seus compromissos com as liberdades política e econômica
 
A virada que a oposição conseguiu implementar no Rio Grande do Sul, depois de vencer as vacilações e desuniões do primeiro turno, elegendo Serra, demonstrou claramente que existe uma massa crítica majoritária no Estado, comprometida com as liberdades política e econômica. Em municípios como Gramado, Serra conquistou 70% dos votos. Os Partidos que possibilitaram esta vitória no RS, sobretudo o PMDB, mas desde antes o PSDB, PP e também o DEM, compreenderão que este é o papel que os eleitores entregaram-lhes para os próximos quatro anos. Dilma e Tarso, mais seus aliados do PSB, PCdoB, PSOL, PDT e PTB, foram fragorosamente batidos neste segundo turno. Eles foram amplamente derrotados.

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Fonte: Blog Polibio Braga

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