Funcafé ainda não chegou nas mãos de produtores

Publicado em 26/06/2012 13:56 e atualizado em 26/06/2012 16:41
Situação se complica devido à colheita ruim, e cafeicultores pedem agilidade por parte de bancos e Ministério da Agricultura
Os recursos do Funcafé, que de acordo com o Ministério da Agricultura já estão sendo disponibilizados, ainda não chegaram nas mãos de muitos produtores de todas as regiões do país, e a preocupação é de que se repita o cenário do ano passado, quando o cafeicultor só teve acesso aos recursos após o fim da colheita.

De acordo com Christina Ribeiro do Valle, Presidente do Sindicato Rural de Guaranésia, em Minas Gerais, as agências bancárias de sua região ainda não receberam o dinheiro destinado ao financiamento. Nesse contexto, o produtor tem que vender seu café a preços baixos para conseguir pagar suas despesas. "A colheita é uma operação cara, e não estamos conseguindo pagá-la", continua Christina.

Além do problema com o atraso no recebimento das verbas, a região de Guaranésia sofre com chuvas intensas, que atingem também outras localidades e já comprometeram a qualidade dos grãos, o que torna ainda pior a situação e aumenta a necessidade da disponibilização dos recursos." Situação está muito difícil. Nós apelamos para que o Ministério da Agricultura e os bancos sejam mais ágeis e não aconteça o que aconteceu no ano passado, quando o dinheiro da colheita saiu em meados de agosto, quando não precisávamos mais", diz.

Segundo Francisco Miranda, Presidente da Cocatrel (Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas), também do estado de Minas Gerais,não há ainda nem ao menos taxas de juros definidas para os recursos." A informação que eu tenho é que o Governo está estudando a possibilidade de baixar os juros para 5,5%, mas não tem dinheiro nas mãos de ninguém ainda", revela. Francisco também frisa o clima ruim no estado, que vem prejudicando a colheita dos grãos e preocupando os cafeicultores. De acordo com ele, 40% da safra já está no chão em toda a região cafeeira do estado.

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Por: Thaís Jorge
Fonte: Noticias Agrícolas

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