Café: mais um dia de volatilidade em NY com dúvidas sobre a safra no Brasil

Publicado em 26/03/2014 11:55

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta depois de iniciar a sessão no vermelho. A volatilidade continua em função da falta de informações confiáveis sobre a quebra de safra no Brasil.  

Por volta de 12h (Brasília) ,o  vencimento maio trabalhava em 177,70 centavos de dólar por libra-peso, com ganhos de 240 pontos. O contrato julho era negociado a 179,60 cents do dólar / libra-peso, com alta de 235 pontos.   

De acordo com a agência de notícias Bloomberg, as grandes oscilações nos contratos estão fazendo com que este seja o período de maior volatilidade para o café desde 2000. Analistas entrevistados pela agência também afirmam que, caso uma grande redução da safra brasileira seja confirmada, os preços poderão atingir os US$ 2,25 a libra-peso. O longo período de estiagem no Brasil, seguido das previsões de chuvas nas regiões produtoras, teria estimulado a volatilidade. 

Clima continua ameaçando produção brasileira
A estiagem prolongada fora de época é o principal fator que influencia o mercado do café arábica, já que as regiões produtoras de café no Brasil foram severamente prejudicada, justamente no período do desenvolvimento de grãos. 

O Escritório Australiano de Meteorologia informou esta semana que os modelos climáticos apontam para um aumento nas chances de excesso de chuvas e até alagamentos na América do Sul, sob influência do fenômeno El Niño. Já para a Austrália e outras áreas do Sul asiático, a previsão é de seca extrema.  

O analista Gil Barabach, da consultoria Safras & Mercado, afirma que a seca no Sul asiático pode ter influência sobre a safra do Vietnã, maior produtor de robusta. Já o excesso de chuvas no Brasil talvez não influencie as regiões produtoras de café, já que o El Niño costuma trazer excesso de chuvas apelas para o sul do Brasil. “Porém, este clima extremo poderá prejudicar ainda mais nossa safra, no período de colheita, se as chuvas chegaram parte do Paraná, São Paulo e Sul de Minas, que são regiões produtoras”.


 

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Fonte: Notícias Agrícolas

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