Café: mercado em NY recupera perda anterior com incertezas sobre Brasil

Publicado em 17/04/2014 12:18

 A Bolsa de  Nova Iorque (ICE Futures US) opera em alta acentuada nesta quinta-feira (17), depois de uma sessão de forte realização de lucros no pregão anterior. O mercado ainda não está seguro sobre o real tamanho da safra brasileira este ano e as dúvidas em relação à safra 2015/16 também começam a pesar nas decisões dos participantes. Tanto que por volta das 12h20 ( horário Brasília) o mercado já superava em mais de 100 pontos as perdas anteriores. O vencimento Maio ganhava 740 pontos cotado a 193,35 centavos de dólar por libra peso. Julho subia 695 pontos a 195,80 centavos de dólar por libra peso e setembro registrava ganhos de 655 pontos cotado a 197,50 centavos de dólar por libra peso. 

O mercado do café arábica teve uma sessão negativa na última quarta-feira (16)  com os contratos para entrega mais próxima perdendo em média 620 pontos. Agências de notícias internacionais  relacionaram as quedas às notícias de chuvas nas regiões produtoras de café em Minas Gerais. De acordo com o analista de mercado Nelson Carvalhaes, não há outro fato no mercado que justifique essas quedas. "As chuvas não resolvem mais para esta safra e para a próxima safra o crescimento dos ramos também já está comprometido". 

O engenheiro agrônomo Armando Portas também confirma que chuvas agora não resolveriam o problema causado pela seca. "Boa parte dos grãos já estão maduros, portanto, a umidade só causaria a fermentação dos grãos". Portas defende ainda que as notícias de chuvas só provocam um efeito "psicológico" no mercado, fazendo com que investidores que não conhecem o setor realizem lucros.  

Nelson Carvalhaes afirma que a volatilidade do mercado deve prevalecer enquanto não tivermos informações mais concretas sobre o tamanho da quebra. 

O relatório da Fundação Procafé,  divulgado há duas semanas  pelo Conselho Nacional do Café (CNC), apontou redução significativa na colheita do Brasil para a safra deste ano (entre 40,1 e 43,3 milhões de sacas de 60) . Além disso, a provável ocorrência do fenômeno climático El Niño,  que provoca chuvas generalizadas no Brasil , também preocupa investidores, uma vez que as lavouras do grão devem sofrer ainda mais danos.

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Fonte: Notícias Agrícolas

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