Café: Bolsa de NY esboça recuperação e sobe mais de 100 pts nesta 6ª feira após sete dias consecutivos de queda
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) esboçam alta após o meio-pregão desta sexta-feira (24). Os futuros se recuperam tecnicamente de parte parte das perdas registradas ontem quando o mercado caiu cerca de 350 pontos acompanhando a aceleração cambial.
Por volta das 13h07, o vencimento setembro/15 registrava 123,00 cents/lb e o dezembro/15 anotava 126,50 cents/lb, ambos com avanço de 145 pontos. O contrato março/16 registrava 130,20 cents/lb com valorização de 150 pontos. Já o maio/16 tinha 132,65 cents/lb com 175 pontos de alta.
De acordo com analistas, uma correção dos preços em Nova York nesta sexta-feira já era esperada. O mercado registrou até ontem sete sessões consecutivas de baixa. O café foi a terceira commodity que mais perdeu valor nesta semana. Indicadores técnicos e o comportamento do dólar foram os principais fatores de pressão nas cotações.
Às 13h18, o dólar, ainda influenciado pelas preocupações fiscais do país, subia 1,19%, cotada a R$ 3,335 na venda. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a ser vendido a R$ 3,3373.
Colheita da safra 2015/16
Os trabalhos nas principais regiões produtoras do Brasil avança, mas continua atrasado em relação aos anos anteriores. De acordo com o boletim semanal do Conselho Nacional dos Cafeicultores (CNC), divulgado nesta sexta-feira (24), o clima seco nos períodos de florada e granação dos frutos, e as chuvas esparsas — características do inverno marcado por um El Niño Modoki —, que atrapalham o andamento dos serviços de seleção e coleta, são os principais fatores desse retardamento. As adversidades climáticas também prejudicam a qualidade do produto e preocupam os envolvidos no mercado.
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Dados divulgados pela Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), a maior do mundo e que atua no Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Vale do Rio Pardo (São Paulo), até o dia 18 de julho, a colheita dos cooperados avançou para 34,20% ante 27,25% registrado na semana anterior. Entretanto, na comparação com anos anteriores os trabalhos estão atrasados. Em 2014, nesta época do ano, a colheita no campo chegava a 59,53%, no ano de 2013, o percentual era de 45,64% e em 2012 registrava 41,94%.
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Em entrevista ao Notícias Agrícolas na manhã desta sexta, o presidente do Sindicato Rural de Três Pontas-MG, Gilvan Mendonça Mesquita, afirmou que a colheita na região também segue atrasada.
Além disso, os grãos estão miúdos e produtores utilizam mais medidas para fazer uma saca de café beneficiado. Quebra na produção deve ficar acima dos 30% estimados inicialmente. Saca do café tipo 6, bebida dura é negociada a R$ 430,00. Já os custos de produção giram em torno de R$ 470,00.