Café: Após alta pela manhã, Bolsa de Nova York perde mais de 150 pts nesta tarde de 2ª feira
Após iniciarem o dia em alta, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com baixa próxima de 150 pontos nesta tarde de segunda-feira (18) e estendem as perdas da sessão anterior, que foram de mais de 400 pontos. O mercado realiza ajustes técnicos, após avançar forte nos últimos dias repercutindo as incertezas em relação à safra 2016/17 do Brasil, que está sendo colhida, e as novidades do financeiro.
Às 12h35, o vencimento setembro/16 registrava 145,65 cents/lb com queda de 190 pontos, o dezembro/16 anotava 148,70 cents/lb com 180 pontos de desvalorização. Já o contrato março/17 estava cotado a 151,35 cents/lb também com 180 pontos negativos, enquanto o maio/17 tinha 153,25 cents/lb com 130 pontos de recuo.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas externas para o café operam em baixa em processo de realização de lucros, apesar do forte frio que atinge as principais regiões produtoras de café do Brasil, o que seria um fator de suporte para os preços externos.
Conforme reportado mais cedo pelo Notícias Agrícolas, geadas de baixa e média intensidade foram registradas nas principais áreas produtoras do Sudeste do Brasil. Segundo o engenheiro agrônomo da Fundação Procafé, André Luís Garcia Alvarenga a condição climática deve impactar diretamente a safra 2017/18.
Depois de operar em alta pela manhã, o dólar comercial passou a operar em baixa nesta tarde de segunda-feira. Às 12h40, o dólar caía 0,11%, vendida a R$ 3,2508. As oscilações do câmbio impactam diretamente nas exportações da commodity pelo Brasil e influenciam nos preços externos.
Já nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café continuam lentos com os produtores atentos a colheita da safra 2016/17 e à espera de melhores patamares. "O mercado interno do café deverá ter dia lento e com negócios isolados", afirma Marcus Magalhães.
Na sexta-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 503,56 com queda de 1,26%.