Café: Após queda na sessão anterior, Bolsa de Nova York busca direcionamento nesta manhã de 5ª feira

Publicado em 28/07/2016 08:47

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta manhã de quinta-feira (28), mas em alguns vencimentos recuperam parte das perdas registradas na sessão anterior. Sem novidades fundamentais para repercutir, o mercado está atento ao câmbio e também realiza ajustes técnicos.

Na véspera, os futuros do arábica na ICE quase perderem o patamar de US$ 1,40 por libra-peso acompanhando a valorização do dólar e o avanço da colheita da safra 2016/17 do Brasil. "O café arábica se aproxima dos patamares mais baixos em um mês e meio com o dólar firme e um bom tempo para a colheita no Brasil", reportou ontem (28) a agência de notícias Reuters.

Por volta das 08h38, o contrato setembro/16 registrava 141,15 cents/lb com 5 pontos de queda, o dezembro/16 anotava 144,25 cents/lb com 10 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 147,50 cents/lb com 20 pontos positivos, enquanto o maio/17 tinha 149,80 cents/lb e 80 pontos de valorização.

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Veja como fechou o mercado na quarta-feira:

Café: Bolsa de Nova York fecha em baixa nesta 4ª com pressão do câmbio e melhora na colheita do Brasil

Nesta quarta-feira (27), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa e já estão próximas de perderem o patamar de US$ 1,40 por libra-peso nos vencimentos mais próximos. Após a recuperação na véspera, o mercado volta a basear no financeiro, realiza ajustes técnicos, mas também sente a pressão do avanço na colheita da safra 2016/17 do Brasil, maior produtor e exportador do grão no mundo.

O vencimento setembro/16 fechou o dia cotado a 141,20 cents/lb e o dezembro/16 anotou 144,35 cents/lb, ambos com queda de 40 pontos. O contrato março/17 anotou 147,30 cents/lb e o maio/17 registrou 149,00 cents/lb, os dois com desvalorização de 35 pontos.

De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia foi tranquilo no mercado, mas correções para cima podem ser vistas no terminal externo. "Após as fortes oscilações da semana passada, o mercado vem buscando ganhar fôlego e resistência para em um futuro de curtíssimo prazo voltar a buscar um melhor lugar ao sol", pondera o analista.

Os operadores no terminal externo repercutiram com força nos últimos dias as incertezas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18 de café do Brasil diante das recentes intempéries climáticas. No entanto, o clima está mais ameno e os prejuízos confirmados até o momento nas áreas atingidas por geadas, segundo especialistas, demandam atenção, mas não são generalizados.

Sem novidades fundamentais, o mercado passou a repercutir o financeiro. "O café arábica se aproxima dos patamares mais baixos em um mês e meio com o dólar firme e um bom tempo para a colheita no Brasil", reportou a agência de notícias Reuters nesta quarta-feira.

Após operar em alta durante quase todo o dia, o dólar comercial fechou praticamente estável, cotado a R$ 3,2710 na venda com 0,02% de alta, após o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, confirmar as expectativas do mercado de uma possível alta de juros neste ano. O dólar mais alto em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity.

No Brasil, a colheita da safra 2016/17 avança e apresenta melhora. A colheita do café dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) está próxima de 60% da área neste ano. O levantamento divulgado pela cooperativa nesta terça-feira (26) aponta que em 59,46% da área de seus cooperados os trabalhos já haviam sido concluídos até o dia 22 de julho, ante 51,04% da semana anterior.

Mapas climáticos apontam que o cinturão produtivo de café do Brasil deve continuar com tempo firme nos próximos dias, sem riscos para a colheita. No entanto, ventos podem trazer ar mais frio para o Sudeste, o que deve promover noites mais frias.

Mercado interno

No Brasil, o mercado do café registra apenas negócios isolados. Segundo analistas, o produtor tem aproveitado apenas os picos de alta para fazer negócios e pouca produção da safra nova chega às praças de comercialização do país. "A falta de liquidez é notória e isso contribui para a sustentação dos preços internos do café", pondera Marcus Magalhães.

O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 550,00 a saca e queda de 8,33%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 550,00 a saca e recuo de 0,90%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 0,97% e saca a R$ 510,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve queda de 1,45% e saca a R$ 475,00.

Na terça-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 487,23 com alta de 0,52%.

Bolsa de Londres

A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe), antiga Liffe, fechou praticamente estável nesta quarta-feira. O contrato julho/16 anotou US$ 1803,00 por tonelada – estável, o setembro/16 teve US$ 1805,00 por tonelada com queda de US$ 6 e o novembro/16 anotou US$ 1825,00 por tonelada com desvalorização de US$ 9.

Na terça-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 417,01 e alta de 0,50%.

Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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