A Mancha-de-Phoma do Cafeeiro, por Thaise Dieminger

Publicado em 28/11/2017 08:22

A Mancha-de-Phoma (Phoma costaricensis) do cafeeiro é uma das mais importantes doenças fúngicas que ocorre em vários países do mundo, ocorrendo desde a fase de formação de mudas no viveiro até a produção da cultura.

As condições favoráveis a doença são temperaturas baixas, próximas a 20°C, umidade alta e ventos fortes, e ocorre principalmente em regiões de elevadas altitudes. As perdas causadas por essa doença na produção vão de 15% a 43%.

O fungo ataca grande parte da planta, como folhas, frutos, ramos, botões florais e flores. É na florada que o cafezal fica mais exposto à incidência da mancha-de-phoma. No período de pré e pós-florada é onde ocorre os maiores prejuízos, pois a doença causa a morte dos botões florais, das brotações novas, queda de frutos, mumificação dos frutos e má granação devido a desfolha, além de prejudicar a qualidade da bebida.

Os sintomas da doença

- Folhas: aparecem lesões principalmente na margem da folha impedindo o crescimento ficando retorcida. As lesões têm formato irregular e coloração escura;
- Ramo: os sintomas se iniciam por uma queima ou seca dos tecidos jovens, provocando a morte do ramo de cima para baixo, com o avanço da doença as folhas começam a cair;
- Flores: pedúnculo dos frutos aparecem lesões escuras;
- Ocorre queda do chumbinho;
- Frutos jovens ficam negros e mumificados;
- Frutos já formados aparecem pontuações negras.


É extremamente necessário utilizar medidas preventivas de controle para que a doença não cause grandes prejuízos a produção da cultura. Dentro das medidas usadas estão a produção de viveiros em locais bem drenados, protegidos contra o vento frios e dominantes, instalação de quebra-ventos quando possível, realização de podas para abertura da lavoura melhorando o arejamento, adubação equilibrada e controle químico.

O uso de controle químico deve ser preventivo. O fungicida Cantus é recomendado para aplicações em pré e pós-florada para o controle da doença de Phoma costaricensis, pertence ao grupo químico anilida e seu princípio ativo é boscalida. É um fungicida sistêmico, com formulação granulado dispersível. Seu modo de ação é exclusivo, atuando sobre todos os estágios de desenvolvimento e reprodução do fungo, como a inibição da germinação dos esporos, desenvolvimento e penetração dos tubos germinativos, crescimento micelial e esporulação. Atua na inibição da respiração celular nas mitocôndrias, interferindo no transporte de elétrons no complexo bc2, inibindo a formação de ATP, essencial nos processos metabólicos dos fungos.

Trabalhos relatam que com o uso do fungicida Cantus, com duas aplicações de forma preventiva aumentou o número de frutos que permanecem na planta após a florada, o que é de suma importância para se manter a produtividade da cultura. 

Fonte: Basf

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