Chuvas abaixo do esperado no BR consolidam ganhos do café arábica no fechamento desta 2ª feira (22)
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Os preços do café encerraram a sessão desta segunda-feira (22) com fortes ganhos nas bolsas internacionais. Segundo o Barchart, o Climatempo informou que Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, recebeu 38,3 mm de chuva na semana encerrada em 19 de dezembro, o que corresponde a 76% da média histórica.
A entrada da safra de robusta vinda do Vietnã mantém a pressão sobre os futuros da variedade em Londres. Em 5 de dezembro, o Escritório Nacional de Estatísticas do Vietnã informou que as exportações de café do país em novembro registraram um aumento de 39% em relação ao ano anterior, atingindo 88.000 toneladas, e que as exportações de janeiro a novembro cresceram 14,8% em relação ao ano anterior, totalizando 1,398 milhão de toneladas.
Segundo informações da Reuters, ps preços no mercado interno do Vietnã caíram para seu nível mais baixo desde março do ano passado, acompanhando as tendências globais, com o aumento da oferta e o clima favorável para colheita e secagem de cerejas em meio à fraca demanda. "Os agricultores estão colhendo as cerejas restantes e liberaram mais grãos nos últimos dias, embora não em grandes volumes, pois estão sob pouca pressão para vender",
disse um trader do cinturão do café para agência de notícias.
Relatório do Itaú BBA destaca que caso as previsões de volumes adequados de chuvas para o primeiro trimestre de 2026 se confirmem e garantam um bom enchimento dos grãos, devemos ver consolidar-se um potencial de melhora na produção brasileira de arábica e aumento do superávit entre produção e consumo global. Antes disso, a tendência é de oferta e exportações brasileiras limitadas
As primeiras estimativas para safra brasileira de 2026 já começaram a sair, mas segundo o analista de mercado da Archer Consulting, Marcelo Moreira, mesmo o Brasil voltando a produzir acima dos 70 milhões de sacas, juntando essa produção com a mundial, ainda assim não serão suficientes para repor os estoques mundiais. "Conforme análise da Archer Consulting o índice estoque mundial x consumo mundial voltará a ficar acima dos 15%,
em um patamar confortável, apenas a partir da safra 28/29, desde que o Brasil venha a produzir nas próximas 3 safras (26/27, 27/28 e 28/29) respectivamente algo em torna de 70; 80 e 90 milhões de sacas", explicou o analista.
O arábica encerra o pregão registrando ganho de 670 pontos no valor de 347,35 cents/lbp no vencimento de março/26, uma valorização de 680 pontos no valor de 332,70 cents/lbp no de maio/26, e um aumento de 675 pontos negociado por 323,40 cents/lbp no de julho/26.
Já o robusta registra o avanço de US$ 88 cotado por US$ 3,866/tonelada no contrato de janeiro/26, uma alta de US$ 99 no valor de US$ 3,768/tonelada no de março/26, e um aumento de US$ 95 no valor de US$ 3,708/tonelada no de maio/26.
Mercado Interno
Boletim do Escritório Carvalhaes aponta que no mercado físico brasileiro os cafeicultores acompanham de perto o estado de seus cafezais e o volume das chuvas que caíram ao longo de 2025, e sabendo que não terão safra recorde em 2026, com os armazéns não estando cheios, já deram por encerradas suas vendas neste ano. "Vão aguardar o novo ano fiscal e uma melhor definição do quadro climático", completou o documento.
Nas áreas monitoradas pelo NA a movimentação foi lenta nesta 2ª feira, e o Café Arábica Tipo 6 fecha com alta de 2,73% em Franca/SP no valor de R$ 2.260,00/saca, um aumento de 1,90% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.144,00/saca, e um ganho de 1,35% em Varginha/MG negociado por R$ 2.250,00/saca. Já o Cereja Descascado encerra com aumento de 1,82% em Guaxupé/MG no valor de R$ 2.243,00/saca, e um avanço de 0,87%
em Varginha/MG cotado por R$ 2.320,00/saca.
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