Café: Com queda do dólar, cotações do arábica sobem pelo segundo pregão consecutivo na Bolsa de Nova York
Pelo segundo dia consecutivo os preços futuros do café arábica subiram na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Nesta quarta-feira (28), as cotações testaram os dois lados da tabela, mas finalizaram o pregão com ligeiras valorizações.
O contrato março/19 encerrou o dia com ganho de 60 pontos, cotado a 113,90 cents/lb. Já o maio/19 era cotado a 116,70 cents/lb, com ganho de 55 pontos e o julho/19 trabalhava a 119,35 cents/lb e alta de 60 pontos.
Segundo informações do vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville, "novamente, as cotações encontraram suporte na queda do dólar frente ao real". A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,8408 na venda, com perda de 0,93%.
"O dólar recuou pelo segundo dia consecutivo, sustentado pela nova atuação do Banco Central no mercado cambial e pelo discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, com indícios de que o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos pode ser mais suave", informou a agência Reuters.
No quadro fundamental, as atenções dos participantes do mercado permanecem voltadas à safra brasileira. "O El Niño permanece na previsão e as áreas de café no Brasil podem ser afetadas pela seca", alerta Scoville.
Ainda na terça-feira, o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Francisco Sérgio de Assis, afirmou que a safra na região deverá recuar 25% na temporada 2019/20. A informação foi divulgada no 26º Encontro Nacional das Indústrias de Café (26º Encafé), que acontece no Uruguai.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado brasileiro os negócios permanecem lentos. Na última semana, o Escritório Carvalhaes, destacou que os "preços continuam desestimulantes aos produtores".
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG), com a saca a R$ 473,00, uma queda de 1,05% nesta quarta-feira. Em Varginha (MG), a perda foi de 1,06%, com a saca a R$ 465,00.
O tipo 4/5 é cotado a R$ 450,00 a saca em Varginha (MG), mesmo patamar observado em Franca (SP). Em Poços de Caldas (MG), o valor ficou em R$ 431,00 a saca, com perda de 0,92%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Patrocínio (MG), com a saca a R$ 450,00. Em Guaxupé (MG), a recuo ficou em 0,89%, com a saca a R$ 446,00.
Na terça-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 446,30 e alta de 2,33%.