Exportações de café brasileiro para China aumentam 23% em 2019

Publicado em 14/07/2019 20:15

São Paulo, 14 jul (Xinhua) -- As exportações de café brasileiro para China cresceram 23,1% nos primeiros cinco meses de 2019, em comparação com o mesmo período do ano passado, informou no sábado o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé) do Brasil.

De janeiro a maio de 2019, Brasil exportou 88.179 sacas de café com destino à China, de acordo com o conselho.

Em uma entrevista à Xinhua, o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, destacou a importância dos jovens consumidores asiáticos e o interesse do Brasil em aumentar suas vendas na China.

"A abertura de cafés estimula os jovens a consumir o café de várias maneiras", disse Carvalhaes, referindo-se ao rápido desenvolvimento das redes Luckin Coffee e Starbucks nas cidades chinesas e o atrativo que isto gera nas novas gerações.

O empresário citou o exemplo da Coreia do Sul, onde houve um boom na carreira de barista.

Com essa oportunidade, Carvalhães disse que os setores públicos e privados do Brasil estão buscando desenvolver mercados na China.

"Sem dúvida queremos crescer no mercado de nosso parceiro comercial", disse o executivo, acrescentando que "o Brasil pode oferecer o volume e a qualidade capazes de satisfazer as demandas de diferentes mercados".

O Brasil detém 38% do mercado global cafeeiro, com 300 mil produtores, fazendo do país sul-americano o principal produtor e o maior exportador de café do mundo.

De 2018 até junho de 2019, durante o período de safra, o Brasil exportou 41,1 milhões de sacas de café, 35% a mais face ao ano anterior.

Mercado de consumidores chineses oferece oportunidades para negócios globais, diz McKinsey

Beijing, 14 jul (Xinhua) -- O mercado em rápida expansão de consumidores chineses representa um forte vínculo entre a China e o mundo, assim como uma enorme oportunidade para os negócios internacionais, segundo um relatório publicado pelo Instituto Global McKinsey.

De acordo com o relatório, até o ano de 2030, 58% das famílias chineses serão de classe média ou alta e o gasto pelos consumidores chineses urbanos está se equiparando com o de outras cidades do mundo.

O mercado de consumidores chineses é extremamente integrado com o mundo e a penetração das companhias multinacionais é significativa no país asiático. Entre as dez grandes categorias de consumidores, sua penetração média foi de 40% em 2017, em comparação com apenas 26% nos Estados Unidos.

Apesar da discussão sobre uma potencial "degradação do consumo", o Relatório sobre o Sentimento dos Consumidores Globais McKinsey 2018 mostrou que 26% dos entrevistados chineses estão aumentando seu consumo, em comparação com 17% em outras dez top economias.

O crescente fluxo chineses fora da China, principalmente de estudantes e turistas, é uma oportunidade de negócios em expansão para as empresas nos países de destino. Portanto, as companhias podem aproveitar essa tendência se adaptando aos gostos dos consumidores chineses. 

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Fonte: Agência Xinhua (estatal chinesa)

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