Café: NY e Londres abrem 4ª feira andando de lado e de olho no clima

Publicado em 02/12/2020 07:30
Previsão de chuvas pode voltar a pressionar os preços neste pregão

O mercado futuro do café arábica iniciou o pregão desta quarta-feira (2) com valorização técnica para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações começam o dia com estabilidade após a terça-feira (1º) ser pressionada pela previsão de chuvas no Brasil e por uma realização de lucros. 

"As informações sobre chuvas mais volumosas em algumas regiões produtoras de café no Brasil, e que elas devem se acentuar na segunda semana de dezembro, levaram especuladores a um movimento de realização de lucro", destacou o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. 

Por volta das 07h28 (horário de Brasília), março/21 tinha valorização de 65 pontos, valendo 119,10 cents/lbp, maio/21 registrava alta de 70 pontos, negociado por 121,10 cents/lbp, julho/21 tinha alta de 70 pontos, valendo 122,75 cents/lbp e setembro/21 registrava valorização de 65 pontos, valendo 124,10 cents/lbp.

As previsões mais recentes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) seguem indicando chuvas para o sul de Minas Gerais nos próximos dias. De acordo com o modelo Cosmo, os acumulados nas próximas 24 horas podem chegar a 60 mm em algumas áreas da região. Além de Minas, o Inmet prevê ainda condição de chuvas para Alta Mogiana/SP e áreas do Espírito Santo. 

>>> Bloomberg: Produtores de café em Honduras enfrentam problemas cada vez maiores após furacões

É importante ressaltar que o retorno das chuvas não recuperam os danos nas lavouras brasileiras. Especialistas afirmam que as perdas para a safra 21 já existem, apesar de ainda não ser possível quantificar o tamanho do impacto para a próxima produção, que naturalmente já é de ciclo baixo para o Brasil. "A maior parte dos produtores continua fora do mercado, aguardando os desdobramentos que teremos com as incertezas climáticas no Brasil e na América Latina", complementa o especialista. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também abriu com variações técnicas, porém com baixas para os principais contratos. Janeiro/21 tinha queda de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 1374, março/21 registrava baixa de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1381, maio/21 tinha desvalorização de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1393 e julho/21 também operava com queda de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1409. 

Mercado Interno - Última sessão 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 4,71% em Guaxupé/MG, valendo R$ 607,00, Poços de Caldas/MG e Patrocínio/MG registraram queda de 3,23%, estabelecendo os preços por R$ 600,00. Varginha/MG teve queda de 4,62%, valendo R$ 620,00 e Franca/SP encerrou com baixa de 4,69%, negociado por R$ 610,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 4,41% em Guaxupé/MG, valendo R$ 650,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 3,65%, negociado por R$ 660,00, Patrocínio/MG registrou desvalorização de 2,99%, valendo R$ 650,00 e Varginha/MG registrou queda de 2,86%, valendo R$ 680,00.

>>> Veja mais cotações aqui

Tags:

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Colômbia: Lavouras de café têm alta incidência de broca
Colheita de café: entenda regras para contratação de safristas
Café: Arábica começa semana com baixas e mercado monitora clima nas origens
#RotadoCafé: Conheça a história do Alado Coffee; sucessão, sustentabilidade e qualidade na xícara
Oscar do Agronegócio é do café: Na categoria produtor rural, Ucha leva reconhecimento pelas ações que vem realizando no setor cafeeiro