Após dia de volatilidade, café arábica e conilon finalizam com leves altas; BR mantém estabilidade

Publicado em 10/03/2021 16:56

A Bolsa de Nova York (ICE Future US) teve um dia de variações mistas para o mercado de café, e as cotações finalizam a quarta-feira (10) com leves altas para os principais contratos. 

No caso do arábica, o contrato com vencimento em Maio/21 teve alta de 45 pontos, negociado por 130,85 cents/lbp, julho/21 registrou a mesma valorização, negociado por 132,85 cents/lbp, setembro/21 encerrou com alta de 45 pontos, valendo 134,70 cents/lbp e dezembro/21 subiu 50 pontos, estabelecendo os preços por 136,70 cents/lbp. 

Em Londres, o contrato do conilon com vencimento em maio/21 teve alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1410, julho/21 subiu US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1433, setembro/21 encerrou com alta de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 1452 e novembro/21 teve alta de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 1469.

Em um momento em que o mercado segue acompanhando a oferta e demanda, principalmente nos Estados Unidos - onde há certo otimismo de uma demanda mais aquecida com o avanço da imunização contra a Covid-19, o mercado de café foi pressionado pelas exportações brasileiras, divulgadas na terça-feira (9) pelo Cecafé. 

O relatório aponta que o  Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de café em fevereiro, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O dado representa um aumento de 9% em relação ao mesmo mês do ano passado. A receita cambial gerada com os embarques foi de US$ 423,7 milhões, crescimento de 4,7% em relação a fevereiro de 2020. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, apresentando aumento de 30,6%.

Leia Mais:

+ Café: "Qualquer produção abaixo de 60 milhões de sacas é insuficiente", analisa Safras & Mercado

Por outro lado, os preços do café ainda têm suporte nas condições climáticas do Brasil. "O arábica ainda tem respaldo na perspectiva de persistência de condições de seca no Brasil, maior produtor mundial de café arábica. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas da semana passada em Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do Brasil, mediram apenas 35,7 mm, ou 61% da média histórica", voltou a destacar a análise do site Barchart. 

No Brasil, o dia foi de estabilidade nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,38% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 715,00, Varginha/MG teve baixa de 1,28%, valendo R$ 770,00 e Franca/SP registrou baixa de 1,30%, valendo R$ 760,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 767,00, Patrocínio/MG por R$ 770,00 e Araguarí/MG manteve a negociação por R$ 740,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 1,27% em Poços de Caldas/MG, estabelecendo os preços por R$ 775,00 e Varginha/MG registrou queda de 1,18%, valendo R$ 840,00. Patrocínio/MG manteve a estabilidade por R$ 810,00 e Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 820,00.

>>> Veja mais cotações aqui

 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Oscar do Agronegócio é do café: Na categoria produtor rural, Ucha leva reconhecimento pelas ações que vem realizando no setor cafeeiro
Em semana de pressão, robusta recuou 14,70%, arábica 10,56% e mercado monitora chuvas
2ª Jornada: 'O mercado e o café carbono neutro' reúne especialistas da cafeicultura, no Cerrado Mineiro
OIC: Exportação mundial de café tem alta de 8% em março
Ainda de olho no Vietnã, café continua no negativo em Londres e Nova York