Café recua 1,91% em NY com retorno das chuvas: No BR cenário ainda é de incerteza para 2022

Publicado em 08/11/2021 17:00
Tipo conilon e mercado físico acompanharam nas baixas

O primeiro pregão da semana foi marcado por desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As principais referências registraram queda de 1,91%. 

Dezembro/21 teve baixa de 390 pontos, valendo 199,65 cents/lbp, março/22 teve queda de 395 pontos, valendo 202,45 cents/lbp, maio/22 teve queda de 380 pontos, valendo 203,35 cents/lbp e julho/22 registrou queda de 370 pontos, valendo 206,65 cents/lbp. 

"Sinais de uma melhora nas perspectivas para a safra de café do Brasil estão pesando sobre os preços do café. As preocupações com a seca no Brasil diminuíram à medida que as chuvas recentes aumentaram os níveis de umidade do solo, o que deve aumentar a produtividade da safra de café de 2022/23 do Brasil", destacou a análise internacional do Barchart. 

Ainda de acordo com a publicação, a Somar Meteorologia informou nesta segunda-feira que Minas Gerais, região que responde por cerca de 30% da safra de café arábica do Brasil, recebeu 55,4 mm de chuva ou 141% da média histórica na semana passada. O período de floração importantíssimo para os cafeeiros brasileiros começou no mês passado, e chuvas abundantes podem impulsionar o florescimento dos cafeeiros e aumentar a produtividade do café.

No Brasil, acompanhando de perto as condições do parque cafeeiro, analistas seguem indicando um cenário de muita incerteza para o ano que vem. Na teoria, a produção de 2022 voltaria a ser de ciclo alto para o Brasil, mas com a seca prolongada e três geadas, a planta ainda se recupera, apesar do retorno das chuvas. A expectativa é de que, se o clima continuar nos padrões ideais, o Brasil recupere o potencial produtivo apenas em 2024. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon acompanhou e fechou o pregão com 0,69% de desvalorização. Janeiro/22 teve queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2166, março/22 teve queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2118, maio/22 teve baixa de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2093 e julho/22 teve baixa de US$ 14 por tonelada, valendo US$ 2083.

No Brasil, o mercado interno acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,19% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.245,00, Poços de Caldas/MG recuou 0,39%, valendo R$ 1.270,00, Varginha/MG teve queda de 3,85%, valendo R$ 1.250,00, Campos Gerais/MG registrou desvalorização de 1,19%, negociado por R$ 1.244,00 e Franca/SP teve queda de 0,78%, valendo R$ 1.270,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,16% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.315,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,35%, cotado a R$ 1.410,00, Varginha/MG registrou baixa de 2,99%, negociado por R$ 1.300,00 e Campos Gerais/MG teve desvalorização de 1,14%, valendo R$ 1.304,00.

>>> Veja mais cotações aqui

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Após ganhos, mercado cafeeiro trabalhava com ajustes técnicos e realizando lucros na manhã desta 6ª feira (05)
Falta de chuva no BR faz futuros do café arábica fecharem sessão desta 5ª feira (04) com ganhos de 2%
Preço médio das exportações de café não torrado dispara 46% em novembro/25 frente ao mesmo período do ano passado
Região da Alta Mogiana registra boa florada do café, mas qualidade da próxima safra preocupa os produtores
Baixos estoques pressionam os futuros do café, que trabalhavam com ganhos no início da tarde desta 5ª feira (04)
Conab: Com maior safra de conilon, produção de café é estimada em 56,5 milhões de sacas em 2025