Café tem mais uma semana marcada por preocupação na oferta global e avança mais de 4% no arábica

Publicado em 03/12/2021 17:13
Com problemas logísticos no radar, conilon encerra com alta de 8,60% em Londres

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com valorização com mais uma sessão de bastante valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/22 teve alta de 675 pontos, valendo 243,35 cents/lbp, maio/22 teve alta de 660 pontos, negociado por 242,40 cents/lbp, julho/22 teve alta de 615 pontos, valendo 241,05 cents/lbp e setembro/22 teve alta de 580 pontos, valendo 239,55 cents/lbp. No acumulado semanal, o contrato refêrencia, março/22, avançou 4,44% no mercado futuro. 

Na Bolsa de Londres, o café conilon também teve um dia de valorização. Março/22 teve alta de US$ 33 por tonelada, valendo US$ 2298, maio/22 teve alta de US$ 29 por tonelada, negociado por US$ 2271, julho/22 teve alta de US$ 26 por tonelada, valendo US$ 2266 e setembro/22 registrou valorização de US$ 23 por tonelada, valendo US$ 2262. No acumulado semanal, março/22, teve alta de 8,60% em Londres. 

A preocupação com a oferta do Brasil aumentam a cada dia e o mercado segue precificando com base nesta preocupação. De acordo com Eduardo Carvalhaes, analista de mercado, os fundamentos continuam sólidos e sem mudança no cenário que é observado há semanas no mercado de café. Além da quebra na produção, os problemas logísticos continuam no radar do mercado. 

Além disso, a Organização Internacional do Café (OIC) informou que as exportações globais de café de outubro caíram -4,4%- para 9,68 milhões de sacas, aumentando ainda mais a preocupação com a oferta global do grão. 

Na segunda-feira, acompanhando as demais commodities, o café recuou forte no exterior com temores à nova variante da Covid-19. Segundo o analista, a tendência continua sendo de valorização, mas com novas informações aparecendo todos os dias em relação à pandemia, e por isso certa volatidade não está descartada para o café. 

"A compra de fundos na sexta-feira apoiou os ganhos do conilon, já que as taxas de frete recordes e a falta de disponibilidade de contêineres restringiram as exportações de robusta do Vietnã, Brasil e Indonésia, os três maiores exportadores mundiais de café conilon", acrescenta a análise do site internacional Barchart. 

No Brasil o mercado interno acompanhou e também encerrou a semana com valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 3,02% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.500,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,68%, negociado por R$ 1.480, Araguarí/MG teve alta de 4,20%, valendo R$ 1.490,00, Varginha/MG registrou valorização de 0,68%, valendo R$ 1.490,00, Campos Gerais/MG teve alta de 2,95%, valendo R$ 1.503,00 e Franca/SP teve alta de 2,70%, valendo R$ 1.520,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 2,89% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.603,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,64%, valendo R$ 1.570,00, Varginha/MG teve alta de 1,96%, valendo R$ 1.560,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 2,83%, valendo R$ 1.563,00. 

>>> Veja mais cotações aqui

Tags:

Por: Virgínia
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Onda de calor no Brasil consolida ganhos do café arábica no fechamento desta 6ª feira (26)
Após Natal, preços do café arábica trabalham em campo misto em NY nesta 6ª (26)
Mais da metade do café analisado em compras públicas no Paraná apresenta fraude, aponta fiscalização
Dedicação e resiliência: Desafios climáticos não conseguiram abalar a qualidade dos cafés brasileiros
Após fortes oscilações, mercado cafeeiro fecha sessão desta 3ª feira (23) em lados opostos nas bolsas internacionais
Preços do café robusta sobem em Londres na manhã desta 3ª feira (23) diante demora nas vendas no Vietnã