Em semana movimentada, café encerra com realização nos preços em Nova York e Londres

Publicado em 11/02/2022 17:30
Mercado ainda não reagiu aos conflitos entre Rússia e Ucrânia

O mercado futuro do café arábica encerrou a semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações recuaram pouco mais de 1% em uma semana marcada pelos embarques do Brasil, queda dos estoques certificados da ICE e novos movimentos de alta. 

Maio/22 teve queda de 320 pontos, valendo 252,05 cents/lbp, julho/22 teve desvalorização de 305 pontos, cotado por 250,55 cents/lbp, setembro/22 teve baixa de 310 pontos, negociado por 248,85 cents/lbp e dezembro/22 teve queda de 305 pontos, valendo 245,95 cents/lbp. 

"O arábica consolidou-se abaixo da alta de 10 anos de quinta-feira, com sinais de aumento nas vendas dos produtores de café do Brasil. A Safras & Mercado informou na sexta-feira que os produtores de café do Brasil venderam 37% de sua safra 2022/23 de café arábica em 8 de fevereiro, bem acima dos 28% vendidos um ano antes", destacou a análise do site internacional Barchart. 

Segundo Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, o pregão desta sexta-feira (11) foi marcado por realização nos preços e o mercado futuro do café arábica ainda não reagiu aos impasses políticos entre Rússia e Ucrânia. Para segunda-feira, no entanto, as cotações podem abrir a semana com valorização, acompanhando os impasses entre as duas nações. 

Entre as principais preocupações para o setor cafeeiro é justamente com a logística - que já afeta todo o setor e é um dos suportes para preços firmes neste momento, que podem avançar ainda mais caso a tensão se confirme nos próximos dias. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon encerrou com estabilidade. Maio/22 teve alta de US$ 7 por tonelada, cotado por US$ 2270, julho/22 tinha alta de US$ 9 por tonelada, negociado por US$ 2249, setembro/22 tinha alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 2241 e novembro/22 tinha alta de US$ 5 por tonelada, cotado por US$ 2236. 

No Brasil, o dia foi marcado por desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,30% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.520,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1%, cotado por R$ 1.490,00, Patrocínio/MG teve baixa de 0,97%, valendo R$ 1.535,00, Varginha/MG teve baixa de 3,82%, valendo R$ 1.510,00, Campos Gerais/MG recuou 1,60%, valendo R$ 1.534,00 e Franca/SP encerrou com estabilidade, negociado por R$ 1.550,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 1,23% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.610,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,95%, valendo R$ 1.570,00, Patrocínio/MG teve desvalorização de 1,57%, valendo R$ 1.565,00, Varginha/MG teve baixa de 4,79% negociado por R$ 1.590,00 e Campos Gerais/MG teve baixa de 1,54%, valendo R$ 1.594,00. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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