Café volta a recuar forte com dólar, com foco nas exportações e na guerra

Publicado em 28/03/2022 12:23

O mercado futuro do café arábica voltou a registrar baixas expressivas para as principais referências no pregão desta segunda-feira (28) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Por volta das 12h19 (horário de Brasília),  maio/22 tinha queda de 865 pontos, valendo 213,25 cents/lbp, julho/22 teve baixa de 865 pontos, cotado por 213,15 cents/lbp, setembro/22 registrou desvalorização de 835 pontos, cotado por 212,70 cents/lbp e dezembro/22 tinha queda de 785 pontos, valendo 211,30 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também passou a operar com desvalorização após abrir o dia com estabilidade. Maio/22 tinha queda de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 2126, julho/22 tinha baixa de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2112, setembro/22 teve queda de US$ 21 por tonelada, cotado por US$ 2090 e novembro/22 teve baixa de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2085. 

Pressionando as cotações, por volta das 12h23 (horário de Brasília), o dólar registrava alta de 0,99% e era negociado por R$ 4,79 na venda. O dólar em alta tende a pressionar os preços no exterior. "O dólar abandonou leves perdas de mais cedo e recuperava fôlego nesta segunda-feira, tentando pausar uma série de oito desvalorizações diárias consecutivas que o levaram a mínimas desde março de 2020, com investidores também acompanhando a força da moeda norte-americana no exterior", afirma análise da agência de notícias Reuters. 

Ainda acompanhando o conflito entre Rússia e Ucrânia, analistas no Brasil não descartam volatilidade nos preços. Já o produtor, aguardando o início da colheita, pouco participa do mercado aguardando por novos patamares de preços. Desde o início da guerra os contratos recuaram mais de dois mil pontos em Nova York.  Além disso, de acordo com o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, o mercado já se antecipa e aguarda o relatório das exportações do mês de março, que podem vir com volumes significativos, apesar da entressafra no Brasil. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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