Café avança em dia de redução nas exportações globais, segundo OIC; mercado físico tem leve avanço nos negócios

Publicado em 31/03/2022 16:29 e atualizado em 31/03/2022 17:14
Preocupação com oferta restrita segue dando suporte, assim como Rússia x Ucrânia

Esta quinta-feira (31) foi mais um dia de valorização para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Estendendo os ganhos da última sessão, o arábica encerrou o dia com valorização de 2,05%, o equivalente a mais de 400 pontos no exterior. 

Maio/22 teve alta de 455 pontos, valendo 226,40 cents/lbp, julho/22 registrou alta de 455 pontos, cotado por 226,45 cents/lbp, setembro/22 teve valorização de 450 pontos, valendo 225,70 cents/lbo e dezembro/22 teve alta de 410 pontos, cotado por 223,70 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres o café tipo conilon também teve um dia de valorização. Maio/22 avançou US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2165, julho/22 registrou alta de US$ 12 por tonelada, cotado por US$ 2152, setembro/22 teve valorização de US$ 11 por tonelada, cotado por US$ 2137 e novembro/22 registrou alta de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 2124. 

A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou nesta quinta redução de 0,8% nas exportações globais de café de outubro a fevereiro para 53,2 milhões de sacas. A preocupação com uma oferta mais restrita do grão volta a dar suporte de alta para os preços, mesmo com as incertezas que ainda rondam o setor sem o cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. 

A preocupação também acende alerta para os fertilizantes nas demais origens produtoras de café, que na teoria fariam as aplicações nos próximos meses. O problema pode reduzir ainda mais a oferta do grão no mercado global. 

"O café também tem apoio das condições de seca no Brasil depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que as chuvas na área de Minas Gerais, que responde por cerca de 30% da safra de arábica do Brasil, foram de 10,8 mm na semana passada, ou apenas 38% da média histórica", complementa a análise internacional do site Barchart. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e encerrou com valorização em algumas das principais praças de comercialização do país. "Negócios saem a medida que o produtor precisa fazer caixa, boa parte dos produtores ainda fora do mercado. Não se sabe quanto tem de café arábica na mão do produtor, o que deixa o mercado calmo em volume de negócios", afirma o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,46% em Araguarí/MG, negociado por R$ 1.250,00, Guaxupé/MG teve alta de 0,81%, cotado por R$ 1.250,00, Varginha/MG teve alta de 1,21%, cotado por R$ 1.255,00, Campos Gerais/MG teve alta de 0,80%, valendo R$ 1.262,00 e Franca/SP teve alta de 0,79%, cotado por R$ 1.270,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 3,82%, negociado por R$ 1.260,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 0,76% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.320,00, Varginha/MG teve alta de 1,15%, valendo R$ 1.315,00, Campos Gerais/MG teve valorização de 0,76%, cotado por R$ 1.322,00 e Poços de Caldas/MG registrou queda de 3,55%, negociado por R$ 1.360,00. 
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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