Café: Dia de ajustes e pressão com a safra de Honduras termina com 3,22% de queda em NY

Publicado em 01/02/2023 16:37 e atualizado em 01/02/2023 17:25
Conilon em Londres e mercado físico acompanharam dia de baixas

O mercado futuro do café arábica teve um dia de intensa correção e desvalorização para os preços no pregão desta quarta-feira (1) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Março/23 teve queda de 585 pontos, valendo 175,90 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 560 pontos, valendo 176,10 cents/lbp, julho/23 registrou queda de 535 pontos, cotado por 175,60 cents/lbp e setembro/23 teve baixa de 515 pontos, cotado por 174,25 cents/lbp. 

Depois de um dia com grande preocupação em relação à oferta global de café, sobretudo com a produção brasileira, o café recuou pressionado pelas exportações da Honduras. De acordo com análise do site interncional Barchart, o país infomou avanço de 13% em relação ao mesmo período no ano passado, com embarque de 745.975 sacas. 

"Na quarta-feira, o arábica registrou inicialmente uma alta de 3 meses, e o robusta na terça-feira registrou uma alta de 3 meses e meio devido a preocupações com a menor oferta global de café", complementa a análise. 

Vale lembrar que recentemente a Volcafé demonstrou preocupação com a safra do Brasil, destaque para áreas de Minas Gerais, o que sustentava os preços nos últimos dias. Ontem, o café avançou mais de 6% em Nova York, mais de 3% em Londres e por isso, o ajuste já era esperado nesta quarta, segundo analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas. 

Na Bolsa de Londres, o café conilon também recuou neste pregão. Março/23 teve baixa de US$ 54 por tonelada, negociado por US$ 2053, maio/23 teve queda de US$ 36 por tonelada, negociado por US$ 2042, julho/23 teve baixa de US$ 28 por tonelada, negociado por US$ 2017 e setembro/23 teve desvalorização de US$ 22 por tonelada, negociado por US$ 1987. 

Nos últimos dois anos o produtor do conilon viu o cenário mudar para o seu negócio: Ganhou espaço no mercado interno, exportou menos e desde, pelo menos, novembro do ano passado o mercado segue travado. 

Mesmo com as altas observadas no mercado internacional nos últimos dias, o produtor de conilon ainda espera por preços mais atrativos para fechar novos negócios. Do lado da indústria, a procura é acirrada e o setor há três meses tem que lidar com um mercado vendedor muito mais resistente. 

No Brasil, o mercado físico também teve um dia de ajustes nos preços e registrou desvalorização em importantes praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,63% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.110,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 2,63%, cotado por R$ 1.110,00, Machado/MG teve baixa de 0,89%, valendo R$ 1.110,00, Campos Gerais/MG recuou 1,76%, negociado por R$ 1.117,00 e Franca/SP encerrou com baixa de 1,72%, valendo R$ 1.140,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 2,47% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.184,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,42%, valendo R$ 1.210,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,67%, valendo R$ 1.177,00.

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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