Marca Café do Cerrado é retomada por Minas Gerais
Segundo informações do Globo Rural, a marca Café do Cerrado voltou a ser propriedade do Caccer - Conselho de Associações de Cafeicultores e Cooperativas do Cerrado - que representa mais de 3,5 mil propriedades rurais de Minas Gerais. Há cerca de 15 anos, a entidade havia perdido os diretos de uso da marca na União Europeia para uma empresa distribuidora da Espanha, que registrou o nome. “Chegamos a embarcar café certificado e o produto foi recusado, pois estávamos impedidos de vender para a Europa sem a intermediação dessa distribuidora”, diz José Augusto Rizental, superintendente do Caccer.
A empresa que registrou o nome havia sido contratada pelo Caccer como revendedora, quando os cafeicultores da região começaram a exportar para os países da Europa. Depois de um ano e meio de negociações, o Caccer pagou 30 mil euros para obter o registro da marca. “Agora podemos fazer contratos de fornecimento do Café do Cerrado diretamente com os clientes, sem ter que passar por atravessadores”, explica Rizental.
O Café do Cerrado possui Indicação Geográfica, uma das mais importantes certificações para o mercado mundial. A região demarcada e registrada pelo Inpi - Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - e pela Ompi - Organização Mundial de Propriedade Intelectual - inclui 55 municípios mineiros, que somam 155 mil hectares. O volume comercializado hoje, com selo de Indicação Geográfica, é de 100 mil a 120 mil sacas de café por ano. A produção segue para Europa, Japão e Estados Unidos.
O próximo desafio dos cafeicultores mineiros é conseguir a Denominação de Origem, que é a versão mais sofisticada das certificações, pois determina não apenas a região de origem de 100% da matéria-prima como também as características e a qualidade da produção.