Carnes: tendências de produção no mundo e no Brasil em 2028

Publicado em 22/01/2020 09:02

Tomando como base a produção média do triênio 2016/2018, estudo conjunto da OCDE e FAO projeta que até 2028 a produção mundial das três principais carnes – pela ordem, avícola, suína e bovina – aumenta perto de 12,5%, aproximando-se dos 350 milhões de toneladas.

A carne avícola (fundamentalmente, carne de frango) – que no triênio base já liderava a produção mundial – tende a um desenvolvimento maior que o das outras duas carnes. O previsto é uma expansão de 16,5%, enquanto o indicado para a carne bovina é um incremento de pouco mais de 13%. A carne suína, ainda afetada pelo surto de PSA que hoje atinge sobretudo a China, mas também outros países asiáticos, tende a uma expansão menor, próxima de 8%.

Confirmado esse desempenho, em 2028 a carne bovina terá uma participação apenas 0,1 ponto percentual maior que a atual (22,2% do total mundial das três carnes). Já a carne suína perde 1,6 ponto percentual, sua participação recuando para 37,1% do total. O ganho maior, portanto, será da carne avícola: o ganho de 1,4 ponto percentual fará com que corresponda a 40,6% da produção mundial das três carnes.

No Brasil, a liderança é, também, da carne avícola, enquanto a segunda posição é ocupada pela carne bovina. Mas as tendências de evolução da produção são um pouco diferentes das observadas mundialmente, pois o maior crescimento – perto de 18% - está reservado para a carne suína, vindo a seguir – com pouco mais de 14% - a carne bovina. Ou seja: o menor índice de expansão – menos de 12% - está reservado para a carne avícola.

Isto, porém, não significa que vá perder sua posição de liderança: ela continuará correspondendo, ainda, a mais de 50% do volume total das três carnes, sua participação sendo reduzida em 0,7 ponto percentual.

O ganho maior, neste caso, fica com a carne suína, que passa a representar 15% do total, 0,6 ponto percentual acima da participação atual. A carne bovina mantém, na prática, sua participação atual (pouco mais de um terço da produção total), pois seu ganho tende a ser ligeiramente inferior a 0,2 ponto percentual.

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Fonte: AviSite

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