Nottus avalia verão com mais chuva e calor menos persistente no país

Publicado em 19/12/2025 12:19

O verão 2025/26 começa no dia 21 de dezembro marcado pela influência do La Niña, fenômeno que deve favorecer mais chuva no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e interior do Nordeste. A análise da Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica para negócios, aponta que o comportamento do clima trará impactos diretos na rotina de centro urbanos e exigirá planejamento mais dinâmico do varejo diante das oscilações de temperatura e precipitação ao longo da estação.

Segundo Desirée Brandt, sócia-executiva e meteorologista da Nottus, o verão deve apresentar comportamentos distintos entre as regiões. “As projeções indicam períodos mais longos de nebulosidade e chuva persistente no Sudeste, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o que tende a reduzir a temperatura com mais frequência e gerar dias mais amenos ou abafados, mas sem calor extremo prolongado. No Sul, onde a chuva será mais espaçada, a temperatura deve subir com maior regularidade. “De forma geral, o calor será mais garantido no Sul do que no Sudeste, embora também haja momentos de sol e aquecimento nas capitais sudestinas. Este ano, teremos um verão de grande variabilidade, que exige acompanhamento constante das previsões de curto prazo”, avalia.

Para a meteorologista, o verão não deve ser um dos mais quentes. “Em alguns momentos, podemos ter redução de chuva e calor mais intenso, como o que está sendo previsto para a semana que antecede o Natal, por exemplo, mas os modelos meteorológicos não indicam ondas prolongadas de calor. No geral, a temperatura tende a ficar mais moderada”, diz. Ela destaca que a chuva deve superar a média histórica em grande parte do país. “O padrão atmosférico favorece episódios persistentes e volumosos de precipitação, com muita nebulosidade. Em vários dias, a sensação será de ‘cadê o verão?’, porque a falta de sol impede que a temperatura suba”, observa.

Nos centros urbanos, o excesso de chuva pode trazer transtornos como alagamentos, lentidão no trânsito, queda de árvores e interrupções pontuais de serviços. “Com a umidade concentrada desde o Sudeste até o Norte do país, algumas regiões terão períodos mais longos de céu carregado. Esse tipo de configuração costuma gerar impactos urbanos, especialmente em capitais com drenagem limitada”, afirma Desirée.

Calor irregular exigirá ações mais dinâmicas do varejo

O varejo também deve se preparar para um verão menos previsível. A meteorologista explica que a venda de produtos típicos da estação, como bebidas geladas, alimentos frescos, itens de refrigeração e acessórios de praia, dependerá muito da gestão de curto prazo. “Este será um verão de oportunidades pontuais. Vai fazer calor, mas não será o padrão dominante. Por isso, as ações comerciais precisam ser planejadas com base nas janelas de tempo seco e aumento de temperatura. Quem ajustar estoques e promoções a essas variações terá vantagem”, destaca.

Mesmo com a tendência de enfraquecimento do La Niña no início de 2026, o Pacífico seguirá mais frio por algumas semanas, mantendo episódios de chuva persistente. “Ainda veremos sintomas típicos do fenômeno, com períodos nublados prolongados. Isso mantém a temperatura contida e reforça a necessidade de monitoramento constante do clima para planejamento urbano e para o varejo”, conclui Desirée Brandt.

Fonte: Nottus

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